quinta-feira, 31 de março de 2011
Marco Feliciano: Pastor, Deputado Federal e Racista
quarta-feira, 30 de março de 2011
Jair Bolsonaro - Racista, Homofóbico e Defensor da Ditadura
terça-feira, 29 de março de 2011
Texto 4 - Concurso “O racismo explicado a meus filhos”
Sempre estudei em escola particular. Na minha sala, havia apenas 3 negros: eu, Antônio e Débora. Eu era apaixonada por este tal Antônio, e minha mãe sempre gostou disto, pois afirmava a minha preferência por negros (afinal, meus pais são negros). Eu, sempre imaginava que ele poderia querer algo comigo, pois o restante das garotas da turma eram brancas, e racistas, e eu sendo negra, talvez fosse possível ele se interessar. Uma vez estávamos conversando numa roda de amigos da turma, e uma outra garota estava jogando ele para cima de mim, e neste sentido, ele disse uma frase da qual eu não me esqueci: “fala sério Lais, você acha que eu vou querer alguma coisa com essa macaca do cabelo duro?”. É lógico que eu parei de falar com ele, e pensei por um momento que ele poderia mudar esta cabeça com o passar do tempo, mas nada pareceu mudar. Passou um tempo depois daquele constrangimento, e um colega de turma estava jogando aviãozinho na sala de aula, enquanto a professora não via. Calhou de o aviãozinho cair na minha cabeça e agarrar no meu cabelo (nesta época eu usava o cabelo com tranças). Sabe, a primeira pessoa a rir e ridicularizar o meu cabelo? O tal Antônio. Ele sendo negro, disposto a fazer tais atrocidades. Atualmente, ele mora com uma garota, loira, e tem uma filha. A família da garota não o aceita o namoro dos mesmos, por ele ser, segundo eles, “sarará”.
Na rua, as vezes no ônibus, sempre tem aquelas pessoas com as quais você está conversando, e do nada te interrompem para falar de outros assuntos. Vou dar um exemplo. Enquanto você está falando de trabalho, estudos, namoro, a pessoa te interrompe e diz: “nossa, eu não tenho nada contra a sua cor, aliás, eu acho ela tão bonita”, ou coisas como. “mesmo você sendo negra, você é tão educada.”. Estas frases parecem me seguir, as ouço com freqüência! E como sempre, isto aconteceu comigo há algumas semanas atrás; uma mulher de pele clara, e cabelos crespos, disse tal absurdo; disse que apesar de não gostar de traços negros, como boca e nariz, ela me achou muito bonita. O que deveria ser para ela um elogio, se tornou uma evidência de racismo deslavado.
Em minha cidade são poucas as pessoas que tem o terceiro grau, e por devidos motivos, tanto por ausência de universidades públicas próximas, ou por carência das pessoas. Um dia, na Igreja em que eu freqüento, o secretário (chamarei de”X”) e meu pai estavam conversando sobre estudos, e meu pai estava dizendo que o meu tio havia se formado em direito; no mesmo momento em que meu pai disse isto, o “X” falou: “Nossa Sid, na sua família ele deve ser uma das poucas, ou se não, a única pessoa a fazer faculdade”; Meu pai secamente retrucou dizendo: “Não, pelo contrário. A minha filha, minhas irmãs, meus sobrinhos, todos eles fazem faculdade. Porque você pensou que minha família não tivesse este êxito?”; no mesmo momento ele desconversou, mas eu e minha família discutimos o episódio, e percebemos que na situação em que o “X” dissera, seria uma forma evidente de racismo. Como se a negritude, a cor da pele, dissesse quem você é, ou sua profissão.
Sendo narrados tais fatos, percebe-se o sofrimento e os traumas que o negro vem sofrendo com o passar dos tempos, devido à condição de escravo a que fomos submetidos. Mas nos restam algumas perguntas, como: o que podemos fazer para mudar a concepção das pessoas? O tempo ocupou-se de “inserir” o negro na sociedade após pouco mais de um século da abolição da escravatura. Quanto tempo resta para que a sociedade crie consciência, e o racismo acabe? Serão necessários mais quantos séculos? ...
Autor(a): LDom
Texto 3 - Concurso “O racismo explicado a meus filhos”
Era uma vez uma menina negra, negra, negra seus olhos eram bem pretinhos seus cabelos todo enroladinhos, parecia uma personagem de filmes africanos, ela era muito feliz, brincava, pulava e vivia a vida de uma criança feliz. Mas ao completar sete anos e ir para a escola seus coleguinhas lhe atentavam muito, chamavam-a de negrinha feia, Cirilo (personagem da novela carrossel) e tantos outros apelidos, ela vivia muito triste e ao chegar em casa não tinha coragem de falar nada para seus pais sobre isso e a única coisa que lhe restava era apenas o silêncio.
Com o passar dos anos essa menina se sentia horrível, sentia a garota mais feia da escola, entre os 10 aos 15 anos percebia que os garotos da escola paqueravam todas as suas coleguinhas menos ela. Às vezes essa menina ficava pensando “meu Deus será que porque que ninguém olha pra mim, porque meu Deus você me fez nascer negra, com o cabelo assim” e ela chorava, chorava muito. Coitada dessa menina ela conviveu com isso a sua infância e quase toda sua adolescência e percebia que pelo fato de ter nascido negra era pouco vista pelos meninos, e mesmo que ela se arrumasse toda, alisasse cabelo, ainda não recebia nenhum olhar, via suas colegas falar que tinha ficado com aquele garoto outras falavam que fulano tinha chegado nela e a menina não tinha nada a falar a única coisa que lhe restava era ouvir, ouvir era a única solução no momento, depois era só chorar. Chorava por se sentir tão feia, por ter o cabelo enrolado e acreditava que os garotos não lhe paqueravam era porque tinha o cabelo crespo. Então ela alisava, alisava muito, assim ela se sentia mais bonita, mas mesmo assim ainda não recebia nenhum olhar. Depois dessa menina ter passado por tudo isso desde sua infância e adolescência a única coisa que lhe restava era estudar, estudar era seu refugio, refugio esse que se descobriu, descobriu que era negra e queria ser negra, foi assim e com a ajuda de uma pessoa que ela conheceu que ela se auto afirmou como negra. Deixou o cabelo voltar aos cachos naturais, estudou para o vestibular e passou.
Ao entrar na faculdade a menina que hoje já é mulher começou a pesquisar e sua pesquisa não por coincidência, mas por amor é na área de identidade negra mais voltada para a educação infantil, pois ela acredita que só através de uma educação anti racista poderemos fazer crianças negras que valorize a si e a sua cultura, e assim quem sabe poderemos fazer um mundo melhor. Hoje a menina que já é mulher acredita que a família e a escola são a chave principal para erguer a auto estima de crianças negras porque se a menina tivesse tido um acompanhamento familiar e escolar sobre o que é ser negro ela não teria sofrido tanto por ter nascido negra e sim orgulho de pertencer a um grupo que lutou e luta a cada pela sua sobrevivência.
Autor(a): MRS
Texto 2 - Concurso “O racismo explicado a meus filhos”
O racismo é um dos temas mais difíceis de se explicar aos filhos.
Mais difícil do que os temas sexuais, que tanto nos embaraçam.
Mais difícil do que o problema da pobreza, seja a nossa, ou seja a do nosso país.
Mais difícil do que os problemas familiares que todos temos.
Mas por que explicar o racismo é difícil?
É difícil porque machuca.
É difícil porque fere a auto-estima da gente saber que há pessoas racistas contra nós.
É difícil, por que a simples existência do racismo faz de nós pessoas menos felizes.
E nada é mais difícil para um pai do que tornar o seu filho menos feliz. Tudo o que queremos na vida, como seres humanos, é que os nossos filhos sejam felizes. Todo o resto está em segundo plano.
Mas explicar o racismo aos filhos é uma obrigação. A vida não é um mar de rosas.
Esconder a cabeça no buraco, tipo o avestruz, não fará com que os problemas desapareçam. Pelo contrário.
Então, explicar sobre o racismo é uma obrigação.
Vai ferir? Vai. Mas é um treinamento. É melhor sangrar no treinamento do que na batalha.
E com o tempo, veremos que o racismo continuará nos deixando tristes, mas também que lutar contra o racismo será fonte de alegria.
A alegria da batalha!
A alegria de fazer as coisas melhorarem!
E no futuro, a felicidade de vencer!
Autor(a): Nagô
Texto 1 - Concurso “O racismo explicado a meus filhos”
Tema complexo que hoje nos faz adentrar horas pensando o porquê de tal ato tão indigno algo que hoje é tipificado como crime, pois os homens não têm a capacidade de incluir nos seus conceitos éticos e morais, desta forma necessitam de instrumentos jurídicos para tal controle, se este tema tão complexo que muitas vezes não é fácil de explicar a adultos imagine explicar a uma criança que não possui malicia nem senso critico formado. Pois bem chegamos ao ponto inicial de como explicar o racismo as crianças são seres humanos em formação e grandes esponjas de conhecimento desta forma são vitimas deste padrão antiquado de comportamento chamado racismo que desde inicio desta pátria atormenta os primeiros Bravos homens e mulheres afros descendentes que chegaram neste solo e ajudaram a construir esta pátria, pois bem já que as crianças são seres com um senso critico em construção devemos observar e orienta las com informações anti racistas a começar por desenhos incluindo personagens negros transformando lideres negros e suas historias em desenhos defendendo a conscientização das crianças desde o pré escolar e contar para elas sobre o dano que o racismo causa ao próximo mostrando de forma clara que antes de seu coleguinha ser branco ou negro ele é um ser humano e ele possui os mesmos sentimentos que você desta forma acredito que possamos conscientizar o futuro da nação e formaremos uma corrente contra o racismo que passara de geração em geração.
Este é o meu manifesto e ponto de vista,
Autor(a): Linhagem X
sábado, 26 de março de 2011
III ENUNE Inscrições Abertas
quinta-feira, 24 de março de 2011
Sim! Sou negra! - Um Depoimento sobre um País sem Preconceito
Há algumas semanas outro fato interessante aconteceu. Eu estava entrando na minha casa quando a vizinha me abordou e perguntou se eu era a tratadora dos gatos que criamos em casa... Eu disse que não e que morava ali e ela insistiu: “Você mora onde? Aqui no bairro?”. Eu disse não, moro neste apartamento. E ela, um pouco sem graça, continuou a conversa sem eira nem beira e, ao final, ainda me cumprimentou com um beijo no rosto, gesto que não foi feito no início da conversa. Ou seja, tentou contornar a situação com um beijo de Judas.
Agora, nesta segunda-feira passada, estava chegando do aeroporto, vindo de Manaus, com muita bagagem e o porteiro prestativo interfonou no meu apartamento e disse: “Olha só, sua secretária está subindo com um monte de malas, alguém pode ajudá-la?”. Meu amigo questionou se era nossa secretária doméstica e o porteiro disse: “Não, é a Camila”. Então, novamente, eis a confusão. Não me importa ser confundida com secretárias, domésticas ou qualquer outra profissão, o que realmente me importa é a violência do preconceito racial. E a dimensão desta dor poucos conhecem. Ou talvez muitos, já que a maioria de nós faz parte da imensa parcela de excluídos.
E, mesmo diante de situações cotidianas como as descritas acima, nós, excluídas e excluídos, ainda somos acusados de vitimização. Inadmissível, pois só corrobora para a hipocrisia e praticamente ignora o preconceito. Não adianta me dizer que no Brasil não existe preconceito. Existe sim e convivemos com essa dor cotidianamente. Outros ainda me dizem: “Você não é negra. É morena de cabelo cacheado”. Então, me respondam se eu não sou negra, porque sofro preconceito racial incessantemente?
Camila Marins - Jornalista
(21) 9530-6850 ou 7860-8720
ID Nextel: *112*76751
Twitter: @camilamarinsjor
camilamarins.blogspot.com
camila_marins@yahoo.com.br
camilinhamarins@hotmail.com
Fonte: Trança Nagô
quarta-feira, 23 de março de 2011
Deputado chama ministro do STF Joaquim Barbosa de ‘moreno escuro’
Júlio Campos usou expressão ao defender prisão especial para autoridades.
'Eu não me lembrava [do nome do ministro]', justificou Campos (DEM-MT).
O deputado federal Júlio Campos (DEM-MT) provocou constrangimento na reunião da bancada do partido na Câmara nesta terça-feira (22) ao chamar de “moreno escuro” o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.
Campos lançou mão da expressão ao criticar a eficácia do foro privilegiado destinado às autoridades no país e defender a prisão especial para autoridades, uma das questões polêmicas em debate na reforma do Código Penal, que está prestes a ser votada na Casa.
“Essa história de foro privilegiado não dá em nada. O nosso Ronaldo Cunha Lima [ex-deputado e ex-governador da Paraíba] precisou ter a coragem de renunciar ao cargo para não sair daqui algemado, e, depois, você cai nas mãos daquele moreno escuro lá no Supremo, Aí, já viu”, afirmou Campos.
Ao G1, o deputado disse que não desdenhou do ministro nem usou a expressão "com maldade". Ele afirmou que, naquele instante, não lembrou do nome de Joaquim Barbosa.
“Eu falei: ‘o ilustre ministro moreno escuro’, que não me lembro o nome. Não foi com nenhuma maldade. Não foi desdém com ninguém. Foi porque eu não me lembrava”, justificou o deputado.
A assessoria do ministro Joaquim Barbosa informou que ele não irá se manifestar sobre o assunto. Em nota, a assessoria do deputado disse que ele "fez contato" com o chefe de gabinete do ministro "e pediu que sejam passadas desculpas ao magistrado".
Citado por Campos, o ex-deputado Ronaldo Cunha Lima foi acusado de tentar matar o ex-governador da Paraíba Tarcísio Burity. Lima renunciou ao mandato de deputado para não ser julgado em processo que tramitava no STF justamente sob a relatoria de Joaquim Barbosa.
terça-feira, 22 de março de 2011
Serena Williams, A Jogadora de Tênis mais Sexy do Mundo
Jornal Paranaense Publica Charge Racista sobre Visita de Obama
segunda-feira, 21 de março de 2011
Mumia Abu-Jamal – Ao Vivo Do Corredor Da Morte (parte 2)

“Não me fale do vale da sombra e da morte. Eu vivo nele.”
Assim Mumia Abu-Jamal inicia seu livro: Ao Vivo Do Corredor Da Morte publicado nos EUA em 1995; a tradução brasileira foi lançada em 2001 pela Conrad Editora.
Neste livro escrito de 1989 a 1994, Mumia em textos curtos relata suas experiências e o cotidiano do corredor da morte. Quando começou a escrevê-lo já aguardava ser morto legalmente pelo Estado americano a sete anos. No momento em que Abu-Jamal foi condenado à morte pelo Tribunal da Pensilvânia pensaram que o problema havia sido resolvido. Enganaram-se. O problema, de nome Mumia, ganhou reconhecimento internacional, do Togo a Berlim manifestações pediram sua liberdade. Ele que já era repórter passou a transmitir direto do inferno.
Cada palavra contida em seu livro é um soco no establishment norte-americano e um ataque a todo sistema penitenciário. Descrevendo cenas reais do dia-a-dia no corredor, fornece-nos uma tenebrosa visão do quão horrível pode se tornar um local habitado por seres humanos que estão vivendo (?) seus últimos dias, literalmente.
Frequentemente, Mumia cita dados estatísticos embasando sua ideia de que a pena de morte é uma forma legal de o Estado norte-americano eliminar @s negr@s. Isso fica escuro, no momento em que ele revela que no país (EUA) @s negr@s são 11% e no corredor da morte são 40%. Em seu Estado (Pensilvânia) a situação é pior @s negr@s representam 9% da população e 60% do corredor.
Com um grande conhecimento da legislação e da jurisprudência, Mumia cita inúmeros casos e decisões judiciais enriquecendo seus escritos, valorizando seus argumentos. Especialmente quando mostra um estudo, acerca da aplicação da pena de morte, nos deparamos com a cruel situação a qual @s afroamerican@s estão expostos.
Entre algumas conclusões do estudo estão:
- Cerca de 6 em cada 11 réus acusados de matar brancos teriam se livrado da pena de morte se a vítima fosse negra;
- 20 em cada 34 réus negros não teriam sido condenados à morte se a vítima fosse negra;
- A raça (das vítimas) determina se a pena de morte é aplicável.
É difícil ler o livro e não ser terminantemente contra a pena de morte, Abu-Jamal expõe bons argumentos para isso. Ele a questiona, revelando sua aplicação falha e pondo em xeque todo o sistema carcerário e sua utilidade para a sociedade. Ademais, somos instigados a repensar nossa visão sobre vários assuntos referentes ao sistema penitenciário, além de pensar sobre o benefício (?) do agravamento das penas.
Embora exija sua liberdade, Mumia não fez de seu livro um monólogo sobre sua inocência, pois sabe que seu destino está interligado ao destino de todo povo afroamericano. Enquanto todo o povo estiver preso, mesmo “livre”, ele estará preso.
“A solução não está nos tribunais, mas em despertar e advertir o povo.”
Mumia Abu-Jamal
sexta-feira, 18 de março de 2011
II Encontro dos Estudantes Africanos de PEC-G na UFMA
O encontro será realizado de 25 a 27 de maio de 2011, na Universidade Federal do Maranhão – Centro de Ciências Humanas (CCH).
A programação do encontro constará de mesas-redondas, comunicações orais, painéis, oficinas,mini-cursos exposição fotográficas, exibição de filmes e atividades culturais.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
25 a 27 de maio de 2011.
INÍCIO DE INSCRIÇÃO: 25 DE MARÇO. VALOR: Estudantes universitário: R$20, Professor universitário R$40 Público em geral :R$30 LOCAL: HALL DO CCH
PÚBLICO DE INTERESSE
- Estudantes universitários das diferentes instituições superiores de ensino do
Maranhão e de outros estados brasileiros;
- Estudantes africanos do Programa de Estudantes Convênio de
Graduação – PEC-G de vários estados do Brasil;
- Profissionais das diferentes áreas do conhecimento,
- Comunidade em geral.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Jean Wyllys é vice-presidente da Frente da Igualdade Racial
O deputado destacou também a questão da saúde do corpo e da saúde psíquica das travestis e das transexuais. Para ele, é preciso deixar claro que o direito à saúde pública de qualidade é de todos, independente de classes sociais, orientação sexual, cor ou credo.
Sobre a Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial, Jean explicou que o assunto não está limitado às questões do povo negro, mas também dos ciganos, dos povos indígenas e da defesa dos direitos desses cidadãos de um Brasil que é multicultural. Ele disse que também não podem ser desconsideradas a liberdade de crença, a discriminação e violência sofridas pelo Povo de Santo, adeptos das religiões de matrizes africanas.
“O certo é que o Estado é laico e que todo cidadão tem o direito de professar a sua fé, dentro da religião de sua preferência. Isso é um direito humano e, portanto, meu principal interesse. Lembro também que mesmo com todas essas tarefas não vou esmorecer ou me dedicar menos a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT e a PEC do Casamento Civil entre Homossexuais”.
O deputado Jean Wyllys ainda fez questão de falar sobre os ataques homofóbicos que vem sofrendo através de seu twitter. “Já acionei os advogados do mandato e da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT e estamos tomando providências para retirar do ar os perfis @whitepowerskin, pela homofobia e ameaças, e @crfvendramini, cujo conteúdo indica ser membro fundamentalista de uma parcela conservadora da direita católica em São Paulo, por perseguição a mim, a senadora Marta Suplicy e ao senador Cristovam Buarque”.
Fonte: PSoL 50
quarta-feira, 16 de março de 2011
Bloco e Banda Afro Akomabu
terça-feira, 15 de março de 2011
Aprenda a fazer seu turbante
Via Criloura
Polícia suspeita que boxeador foi vítima de execução
O resultado do trabalho da perícia derrubou a versão do policial militar que matou a tiros, ontem, o boxeador Tairone Silva, de 17 anos, em Osório, no Litoral Norte do Estado. De acordo com o delegado Celso Ferri, a necropsia apontou que a trajetória dos dois projéteis disparados em Silva, atual campeão sul-americano, indica que não houve luta com o atirador. Ele explicou que os tiros foram a distância em uma possível execução. O soldado Alexandre Camargo Adi afirmou ter atirado em legítima defesa durante uma luta pela arma. Para o delegado, inveja e racismo podem explicar o crime. Na madrugada a justiça determinou a prisão preventiva do agressor. O corpo de Silva foi sepultado no final da manhã desta sábado, no cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Osório. O velório ocorria desde a noite passada na Câmara Municipal. O jovem era considerado uma das maiores promessas do boxe no Rio Grande do Sul, tendo sido também campeão brasileiro e bi-campeão gaúcho da modalidade. O PM foi encaminhado à carceragem do 8º Batalhão de Policia Militar (BPM), em Osório, onde está preso. O delegado Ferri contou que o soldado é conhecido por ser truculento e que, além de racismo e inveja, desequilíbrio emocional pode explicar a atitude do policial. Ferri descartou, no entanto, necessidade de o atirador ser axaminado no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF). “O caso é para prisão, mesmo”, disse. Fonte: Correio do Povo |
quinta-feira, 3 de março de 2011
Retratos da Desigualdade Racial: Notícias e Dados
Juíza nega pedido e sexto acusado será indiciado por tortura
Com a decisão, Santos também passa a ser formalmente acusado com base na Lei 9.455/97, que pune crimes de tortura. Nesta segunda-feira (28/02), o delegado Léo Francisco Salém Ribeiro, determinou que seja intimado para ser formalmente indiciado, encerrando a investigação com o encaminhamento do relatório do inquérito ao Ministério Público.
Caberá ao MP oferecer a denúncia que, se aceita pela Justiça, significará o início do processo. Se condenados os seguranças podem pegar penas de até oito anos de prisão.
Lembrando o caso
O caso aconteceu no dia 07 de agosto de 2.009. Os outros cinco envolvidos já haviam sido indiciados com base na Lei 9455/97. Santos, por meio de advogados, entrou na Justiça tentando evitar o indiciamento.
A juíza Izabel Irlanda Correia Araújo, porém, não se convenceu com os argumentos do advogado José Carlos Barbosa Molico. “A materialidade das lesões corporais foi constatada pelo exame pericial e a vítima afirma que foi destratada, humilhada e ameaçada, e que seus ofensores fizeram referências expresas à cor de sua pele”, escreveu na decisão.
Um dos argumentos utilizados pelo segurança é de que sofreria constrangimento ilegal. A juíza botou por terra também essa alegação. “A jurisprudência não reconhece constrangimento ilegal em virtude de indiciamento. Ante o exposto, denego o Habeas Corpus”, concluiu.
Segundo o advogado e ex-secretário de Justiça do Estado de S. Paulo, Hédio Silva Jr., esta é a primeira vez no Brasil, que a Polícia indicia formalmente por crime de tortura, motivada por discriminação racial. "Não foi "constrangimento ilegal" nem "lesão corporal dolosa". Foi tortura. É exemplar.”, afirmou, relatando que, em 1,2 mil processos judiciais de discriminação racial analisados pelo Centro de Estados das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), no período entre 1.997 e 2010, não há nenhum inquérito baseado na Lei 9455/97, a Lei da Tortura. “E um caso inédito e emblemático”, concluiu.
Defesa
Para o advogado do caso, Dojival Vieira, a decisão da Polícia Civil de S. Paulo, é exemplar. “O acordo extra-judicial, fruto do diálogo e de negociações, em que a empresa indenizou Januário e seus familiares em condições por eles consideradas plenamente satisfatórias, foi o primeiro passo. Agora, com a conclusão da Polícia de que foi praticado o crime de tortura, e com o indiciamento de todos os acusados, a questão passa ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Confiamos na Justiça”, afirmou.
Indiciados
Os seis funcionários e seguranças acusados são Anderson Serafim Guedes, Edson Pereira da Silva Filho, Mário Lúcio Soares Moreira Gomes, Marcelo de Sá, Luiz Carlos dos Santos e Dárcio Alves dos Santos. Dos seis, quatro eram funcionários do Carrefour e dois pertenciam a empresa Nacional Segurança.
Todos foram reconhecidos por Januário na reconstituição do crime, como tendo tido menor ou maior participação na sessão de espancamentos que sofreu num corredor lateral da loja, para onde foi levado já recebendo socos, chutes e ponta-pés.
O Carrefour tem reiterado em Notas à Imprensa que os acusados “foram afastados na ocasião do fato" e que "colabora com as autoridades na investigação". A empresa também garante que - além da indenização ao vigilante e seus familiares em condições por ele consideradas satisfatórias -, implementou "ações de comunicação e formação, que visam a difundir conceitos de diversidade e promoção da inclusão social".
Omissão
Na investigação, o delegado Léo Francisco Salém Ribeiro concluiu que o soldado José Pina Neto, da PM, e os outros dois que o acompanhavam no atendimento da ocorrência, praticaram o crime de omissão de socorro.
Os policiais militares não se envolveram na sessão de torturas, porém, Pina e os demais teriam se omitido diante do caso. Segundo Januário, o soldado reforçou a suspeita de que estaria roubando o próprio carro, afirmando que “tinha cara de ter pelo menos três passagens”. Os PMS, de acordo com o delegado, também irão a julgamento.
terça-feira, 1 de março de 2011
Movimento negro protesta no ensaio do bloco "Que merda é essa?!"
UNE promove encontro de negros, negras e cotistas
“O III ENUNE 2011 abrirá um espaço para os estudantes pensarem a política de cotas, que hoje já é uma realidade em mais de 70 instituições públicas de ensino superior no Brasil, mesmo que encontre resistências em setores da sociedade. Nosso objetivo é avaliar os avanços e pensar em perspectivas futuras, o que significa avaliar estes programas (de concessão de cotas para estudantes afrodescendentes) e traçar diretrizes”. A avaliação é de Cledisson Junior, de 27 anos, diretor, desde 2009, da Diretoria de Combate ao Racismo da UNE, organismo criado em 2001, e cuja finalidade, ainda segundo Cledisson, é contribuir para a democratização do acesso à universidade, que deve estar aberta a esta parcela da população do país, que representa 50,6% do total dos brasileiros. “Além de estabelecer uma articulação entre a rede do movimento estudantil e os movimentos negros”, afirma o dirigente, que é aluno do curso de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).
Os encontros para discutir as relações entre negros e a educação universitária promovidos por este organismo da UNE são bienais. No primeiro deles, realizado em 2007, os alunos e demais participantes discutiram o papel da União Nacional dos Estudantes no combate ao racismo, assumido como fator presente nas relações sociais e nas instituições do país. Já o segundo encontro, ocorrido em 2007,” teve como proposta a apresentação de ações de apoio da entidade à política de cotas raciais”, completa Cledisson Junior.
Para os interessados em participar do III ENUNE 2011, a Diretoria de Combate ao Racismo da UNE informa os seguintes endereços:
www.une.org.br
www.unecombateaoracismo.blogspot.com
unecombateracismo@gmail.com
Fonte: http://www.abong.org.br/noticias.php?id=3428