O ator que está no elenco da novela Gabriela, da Rede Globo
visitou a Serra da Barriga, no final de semana: 25/26 de agosto.
Patrimônio Histórico do Brasil, a Serra abrigou o
referenciado Quilombo dos Palmares. Henri Castelli, o ator, apesar de
encanta-se com a beleza do lugar, ficou decepcionado com os capítulos de
abandono que marcam o sítio histórico.
No platô da Serra foi construído, em 2007, o Parque Memorial
Quilombo dos Palmares que carrega a memória ancestral do povo preto e nos
aproxima da história brasileira.
Na Serra agora repousa um dos nossos grandes ícones
contemporâneos, Abdias Nascimento.
A Cultura da presidenta Dilma Roussef marginaliza a história
afro-brasileira, como uma ação, estrategicamente, programada de exclusão.
Para o estado de Alagoas a Serra é responsabilidade de
Brasília, portanto...
O Parque Memorial plantado no platô da Serra da Barriga,
está sendo atropelada pelo descaso. E a isso damos o nome de racismo
institucional.
A Ministra da Cultura do governo de Dilma Roussef declarou,
em 20 de agosto, tendo ao lado a Ministra da Igualdade Racial, que “o povo
preto no Brasil conta a história dos vencidos”.
O silêncio hierárquico da muda concordância ecoou na sala.
O Brasil não gosta da Serra da Barriga porque ela traduz a
coleta de uma história guerreira: resistimos à sanha do colonialismo por mais
de quase um século.
Cem anos, entendeu?
A Serra da Barriga conta histórias de Áfricas que o Brasil
político da presidenta Dilma Roussef rejeita.
O Parque Memorial é o africano indesejado em terras de
coronéis.
O ator da Globo observou a Serra da Barriga, útero parideira
da reverenciada história de liberdade e não entendeu o porquê do abandono
daquele compêndio da história brasileira.
Não se luta mais pela Serra da Barriga.
Não se grita mais o grito de Zumbi.
Quem sabe no dia 20 de novembro, né?
Pão e circo!
Fonte: Cada Minuto
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