sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Preconceito no Maranhão: Médico nigeriano diz que prisão foi motivada por racismo

Kinglsley Ify Umeilechukwu afirma que foi preso simplesmente por ser negro e ressalta que a prisão além de ter motivação racista serviu para esconder os problemas existentes na área de saúde como a falta de vacina anti-rábica nos hospitais

O médico Kinglsley Ify Umeilechukwu, preso na tarde do último sábado (23) em Bacuri, acusado do exercício ilegal da profissão, conversou a com redação do site Maranhão da Gente explicando os problemas que envolveram a prisão dele, ocorrida na semana passada e considerada pelo médico uma atitude arbitrária. Ele adiantou que irá processar o Estado por danos morais e assédio.

Maranhão da Gente: Por que você veio para o Brasil e desde quando presta serviço em nosso país?

Kinglsley: Estou há quase seis anos no Brasil. Me formei em Medicina e exercia minha profissão no meu país normalmente, quando recebi um convite da UFMA para vir fazer uma especialização na área de ortopedia no Hospital Dutra. Para regularizar a minha situação prestei o Revalida em dois estados, Mato Grosso e Minas Gerais. No Mato Grosso entrei com uma ação judicial  para ter a prova reconhecida. Em Minas Gerais, já fui aprovado e começo o curso complementar agora em Janeiro de 2014. São muitas as exigências, inclusive referente ao idioma e eu já fiz a prova em Belém e fui aprovado.

Maranhão da Gente: Existem outros companheiros da Nigéria atuando no Maranhão?

Kinglsley: Se existem, eu desconheço. Conheço apenas o meu cunhado, o Patrick Emanuel, que já está formado há mais de trinta anos pela UFMA e trabalhando aqui no interior do Maranhão.

Maranhão da Gente: O que de fato aconteceu para que você viesse a ser preso, sem a devida apuração?

Kinglsley: Eles me prenderam simplesmente porque eu sou negro. Porque não aceitam ou admitem que negros, como eu, podem sim exercer a medicina, ter oportunidade de estudar, de trabalhar e de prestar serviço a outras pessoas. Quando me prenderam sequer me perguntaram se eu tinha ou não a documentação. A minha maior revolta é que me colocaram na televisão como um bandido, como um assassino. Eu pedi para falar com a imprensa, eles me colocaram numa sala e me impediram até de explicar o que aconteceu no hospital. O que eles queriam era mascarar as péssimas condições de trabalho da saúde pública. Queriam esconder que menina morreu porque não tinha vacina no posto médico. E está tudo documentado. Eu não era o médico responsável, estava lá apenas acompanhando o Dr. Ubiratan, o verdadeiro médico responsável. O grande problema é a cor da minha pele, o meu cunhado, assim como eu, também passa por constrangimentos. Tudo isso foi orquestrado para  me prejudicar.

Maranhão da Gente:  Você pretende processar o Estado por todo esse constrangimento?

Kinglsley: Sem dúvida. Eu não posso ficar calado com tanta estupidez. Me deixaram exposto e não me deram direito de defesa. Nunca me passei por médico, eu sou médico. Não estou autorizado a exercer a Medicina aqui no Brasil por uma questão burocrática e respeito isso, mas não podem me tirar o direito de acompanhar um profissional do país para aprender, para a aprimorar a prática profissional

Fonte: Blog do Raimundo Garrone

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Escola dos EUA ameaça expulsar menina com cabelo crespo e armado

Segundo família, escola de Orlando deu prazo de 1 semana para mudança.
Menina de 12 anos se negou a mudar mesmo com provocação de colegas.


Uma menina de 12 anos foi ameaçada de expulsão pela escola particular onde estuda na Flórida, nos Estados Unidos, caso não cortasse e mudasse o estilo de seu cabelo. Vanessa VanDyke tem os cabelos crespos e com volume, e segundo sua família, recebeu o prazo de uma semana para decidir se iria cortar os fios ou deixar a escola, de acordo com a emissora de TV “WKMG”.

O caso gerou muita repercussão nos EUA, e a escola Faith Christian Academy de Orlando disse nesta semana que não está exigindo que a menina corte os cabelos para continuar frequentando o estabelecimento – eles “apenas” querem que ela mude seu estilo.

Vanessa VanDyke foi ameaçada de expulsão em escola de Orlando por causa de seu cabelo (Foto: Reprodução/YouTube/RippDemUp TV)

De acordo com a família de Vanessa Van Dyke, na última semana um conselheiro da escola advertiu a mãe da menina para que ela alisasse ou cortasse seu cabelo – ou a criança poderia ser expulsa.

A família não cogitou fazer as mudanças, pois o cabelo da menina faz parte de sua identidade. “Ele mostra que sou única. Eu gosto desta maneira. Eu sei que as pessoas vão me provocar porque ele não é liso, mas eu não ligo”, contou Vanessa.

A escola onde Vanessa estuda tem códigos de vestimentas e regras sobre como os alunos podem usar seus cabelos. “Os cabelos devem estar na cor natural e não devem ser uma distração”, dizem as regras, que citam como exemplos que não podem ser utilizados moicanos e raspados.

“Uma distração para uma pessoa não é distração para outra”, diz a mãe da menina, Sabrina Kent. “Você pode ter uma criança com espinhas no rosto. Você vai chamar isso de distração?”

Vanessa contou que usa seu cabelo longo e armado desde o início do ano, mas ele se tornou uma questão para a escola depois que sua família reclamou das provocações feitas pelas outras crianças.

“Houve pessoas que a provocaram por seu cabelo, e me parece que estão culpando-a por isso”, disse Sabrina. “Vou lutar pela minha filha. Se ela quer usar o cabelo assim, ela vai mantê-lo assim. Há pessoas que podem pensar que usar o cabelo natural não é apropriado. Mas ela é bonita assim.”

Responsáveis pela escola disseram em um comunicado que não estão pedindo que a menina use produtos ou corte seu cabelo, mas que ela o modele de acordo com as regras da escola.


Fonte: G1.com.br

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Manifesto de apoio ao ministro Joaquim Barbosa na condução do caso do Mensalão


Apoie o ministro do STF Joaquim Barbosa na luta junto com o povo brasileiro em favor da ética, da moralidade e da decência na política e no trato com a coisa pública!

O Partido dos Trabalhadores tenta a todo custo desqualificar o trabalho da justiça brasileira que colocou na cadeia os mensaleiros, após um julgamento justo e com a garantia de ampla defesa para todos os envolvidos.
O brasileiro honesto, que trabalha e paga seus impostos não pode permitir esta manobra feita pelo PT, pelos chamados "intelectuais" da esquerda e por setores da mídia, que tentam transformar, POLÍTICOS PRESOS em PRESOS POLÍTICOS. Isto em pleno regime democrático!
O fato é que o Brasil já não aguenta mais tanta roubalheira e tanta impunidade. Vamos apoiar o presidente do STF Joaquim Barbosa, para que este caso seja exemplo e se torne um marco no combate a corrupção nesse país.
Se você concorda que corruptos condenados devam cumprir a pena estabelecida sem regalias ao invés de serem tratados como heróis da pátria, assine e compartilhe este manifesto! O Brasil honesto agradece!
Rogério Anício Oliveira - Cidadão Brasileiro - http://fb.com/rogerionaweb

Assine a Petição aqui.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Salário de negros é em média 36% menor, mostra estudo do Dieese

Trabalhadores negros ocupam, em geral, cargos de menor qualificação e, consequentemente, têm salários mais baixos

SÃO PAULO - Os negros no Brasil carecem de igualdade de oportunidades e, com isso, acabam ocupando cargos de menor qualificação e, consequentemente, de salários mais baixos, mostra o estudo "Os Negros no Mercado de Trabalho", divulgado nesta quarta-feira, 13, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A pesquisa revelou que um trabalhador negro ganha em média 36,11% a menos que um trabalhador não negro. No entanto, o levantamento não compara salários dos dois segmentos em cargos iguais - apenas verifica quanto recebem negros e não negros em diferentes setores de atividade e faz uma média.

O segmento de negros, na pesquisa, é composto por pretos e pardos e o de não negros engloba brancos e amarelos.

Em São Paulo, por exemplo, em 2011 e 2012 a proporção de ocupados negros era de 67,4% na Construção, nos empregos de pedreiro, servente, pintor, caiador e trabalhador braçal. Para os não negros, esse porcentual era de 52,6%.

Da mesma forma, os não negros eram 22,8% nos Serviços em São Paulo, nos empregos de faxineiro, lixeiro, servente, camareiro e empregado doméstico. Para os não negros, o porcentual era de 11,1%.

Isso mostra, diz o estudo, que os negros se concentram nas ocupações de menor prestígio e valorização, consequentemente as de salários mais baixos. "O problema é falta de oportunidades iguais para negros e não negros para se alcançar postos de trabalho mais valorizados", disse a economista Lúcia Garcia, coordenadora do Sistema Pesquisa Emprego e Desemprego (Sistema PED) do Dieese.

Além disso, os negros têm mais dificuldades de chegar a cargos de direção e planejamento. No caso de São Paulo, por exemplo, apenas 5,7% dos negros ocupavam esses cargos no biênio 2011-2012 ante 18,1% dos não negros. Os negros, porém, eram 61,1% em cargos de execução e 24,7% nos de apoio, na comparação com 52,1% e 23,3% dos não negros, respectivamente. "O negro não só enfrenta seletividade no trabalho como enfrenta obstáculos que o direcionam para empregos de menor qualificação", disse Lucia.

As informações analisadas foram apuradas pelo Sistema PED, realizado por meio do convênio entre o Dieese, a Fundação Seade, o Ministério do Trabalho e parceiros regionais no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.

Fonte: Estadão

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Protesto - Modelos tiram a roupa em ato pela consciência negra no Fashion Rio


Um grupo de cerca de 40 artistas e modelos fez um ato na Zona Portuária, em frente ao Píer Mauá, onde ocorre a primeira noite de desfiles da temporada outono/inverno do Fashion Rio, na noite desta quarta-feira (7). Segundo o diretor do grupo Palco dos Mil Sonhos, Leonidas Lopes, a apresentação é uma celebração pelo mês da consciência negra.

A apresentação ocorre um dia após a assinatura de um termo de compromisso por parte da empresa que realiza o evento, a Luminosidade, e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, recomendando uma cota de 10% de modelos negros nos desfiles.

"O termo de compromisso é uma celebração de um passo conjunto que pode trazer um espaço que ainda não há no Rio. O desenho estético vendido pela moda não atende a proposta de consumo da maioria da população brasileira", disse Moisés Alcuña, coordenador de políticas públicas da Educafro.

Modelos ficam nuas em ato na Zona Portuária

Ato foi realizado um dia após a assinatura de um termo de compromisso recomendando uma cota de 10% de modelos negros nos desfiles



Fonte: Portal Gilberto Silva

Dilma pede urgência para cotas no serviço público


A presidenta Dilma Roussef abriu na noite desta terça-feira (05) a III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), que tem como tema “Democracia e desenvolvimento sem racismo: por um Brasil afirmativo”. O deputado Edson Santos (PT-RJ), ex-ministro da Igualdade Racial, participou da solenidade.

Durante o evento, a presidenta anunciou que oficialmente pediu urgência ao Congresso para a análise do projeto de lei que estabelece reserva de 20% das vagas em concursos públicos para negros. Segundo ela, a medida tem um imenso potencial transformador para o país, e deverá servir de exemplo para os demais entes de federação.

Em seu discurso, a presidenta Dilma ressaltou a necessidade de tratamento simultâneo das questões raciais e sociais para tornar o Brasil um país mais igualitário. Nesse processo, ela destacou a importância do Estatuto da Igualdade Racial, que em apenas três anos de vigência provocou mudanças relevantes para o país. E agradeceu a contribuição do deputado Edson Santos, atribuindo ao parlamentar, então na condição de ministro, a costura do acordo para a aprovação do Estatuto no Congresso após dez anos de impasse.

Mais Médicos – A presidenta declarou que as comunidades quilombolas e indígenas são prioritárias para o Programa Mais Médicos, e que até março do ano que vem todas estarão atendidas. Por fim, Dilma destacou que o Governo Federal dará todo respaldo ao Programa Juventude Viva, que tem como objetivo enfrentar a violência contra a juventude brasileira, especialmente os jovens negros, principais vítimas de homicídio no Brasil.

Fonte: Deputado Edson Santos

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ilê Aiyê abre inscrições para nova Deusa do Ébano

Prazo começa nesta segunda-feira (4). Candidatas podem ter até 40 anos. Interessadas devem procurar sede do bloco no Curuzu, em Salvador.

Da Redação - Revista Afro Bahia - Nesta segunda-feira (4), o Ilê Aiyê abre, na Senzala do Barro Preto, as inscrições para a escolha da nova Deusa do Ébano. Diante das comemorações das quatro décadas de existência, o bloco decidiu ampliar a faixa etária das concorrentes, que poderão ter até 40 anos de idade.

As outras condições, no entanto, não mudaram: as candidatas precisam saber dançar e conhecer um pouco da trajetória do Ilê Aiyê, do carnaval aos projetos sociais.

A Deusa do Ébano desfila com destaque durante o carnaval, representa a entidade em eventos sociais diversos e participa de viagens e turnês, acompanhando o Ilê, dentro e fora do Brasil.

Cerca de 15 candidatas são escolhidas como finalistas e disputam o título em noite de festa e celebração, a Noite da Beleza Negra, cuja data ainda será anunciada.

Para se inscrever, as interessadas devem procurar a sede da instituição, no Curuzu, de segunda a sexta-feira, em horário comercial, sempre munida de uma fotografia.

Inscrições Deusa do Ébano
Período: segunda a sexta, em horário comercial
Local: Senzala do Barro Preto, Curuzu, Liberdade (Sede do Ilê)
Condições: ter entre 18 e 40 anos / Levar fotografia 3 x 4
Informações: 2103-3400 / ileaiye@ileaiye.org.br



 
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