terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Haddad sanciona lei que cria cotas para negros em concursos públicos

O prefeito Fernando Haddad (PT) ratificou a decisão da Câmara Municipal de São Paulo que criou cotas para negros no serviço público municipal.

O projeto de lei assinado por toda a bancada do PT na Casa garante 20% das vagas dos concursos públicos para a comunidade negra. Se houver sobra de vagas, elas serão distribuídas para todos.

De acordo com o texto, tem direito as cotas as pessoas que se enquadram como "pretos, pardos ou denominação equivalente conforme estabelecido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)", ou seja, será considerada a autodeclaração. O prefeito tem 90 dias para regulamentar a lei.

A separação de vagas também terá que ser feita nos cargos comissionados, segundo estabelece o texto da lei 15.939, publicada hoje no "Diário Oficial" da Cidade.

A criação de cotas para negros no serviço público, que existe em algumas cidades e alguns Estados, está sendo discutida também no âmbito federal.

Existe um projeto de lei, encaminhado ao Congresso pela presidente Dilma Rousseff (PT) no mês passado, que também prevê a criação de cotas para o serviço público, nas mesmas proporções que a lei paulistana determina.

Neste mês também entrou na Assembleia Legislativa de São Paulo um projeto de lei do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que também estabelece uma cota de 20% para os negros que disputarem concursos públicos no Estado. O mesmo critério terá que ser usado, caso o projeto seja aprovado, para os cargos em comissões.

Fonte: Folha

sábado, 21 de dezembro de 2013

Funcionária americana publica mensagem polêmica sobre Aids em rede social e gera revolta

A relações públicas Justine Sacco gerou polêmica com mensagem no Twitter


A americana Justine Sacco, diretora de comunicação da IAC — empresa que controla serviços e sites como Vimeo, Tinder, CollegeHumor e Dictionary.com — foi acusada de racismo por internautas após publicar, no Twitter, uma mensagem em que anunciava uma viagem. "Indo para a África. Tomara que eu não pegue Aids. Brincadeira, sou branca!", escreveu a relações públicas nesta sexta-feira.
A mensagem repercutiu rapidamente nas redes sociais. O post foi replicado mais de três mil vezes. Quando Sacco chegou ao continente, o caso já tinha sido noticiado em diversos veículos de comunicação.
Após a repercussão, o perfil de Sacco foi apagado no microblog. Mas a empresa que a contratou não ficou em silêncio. "É um comentário escandaloso e ofensivo que não reflete a visão e os valores da IAC. Infelizmente, a funcionária em questão está inacessível em um voo internacional, mas essa é uma questão muito grave e vamos tomar as medidas apropriadas", afirmou um porta-voz da empresa ao "Internacional Business Times".
O assunto se tornou um dos mais comentados no Twitter no dia. No histórico de publicações de Sacco, há outras mensagens polêmicas. "Eu gosto de animais, mas quando está frio eu recorro aos pelos", diz uma, direcionada à PETA, organização que luta pelos direitos dos animais.
Sacco não comentou o assunto. O "The Mail Online" tentou entrar em contato com a assessoria da IAC, mas como a funcionária é responsável pela área, não havia ninguém disponível para responder.
Cerca de 69% dos portadores do vírus HIV vivem na África subsariana, segundo a organização Do Something. A estimativa é que 23,8 milhões de africanos tenham Aids.


Fonte: O Globo




quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Assista ao Trailer de 12 Anos de Escravidão


12 Anos de Escravidão conta a história real de Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um homem negro que nasceu livre no EUA quando foi enganado, dopado e sequestrado em 1841, transportado para o outro lado do país e transformado em escravo por 12 anos.


Dirigido por Steve McQueen o filme, baseado no livro de memórias de Solomon, tem impressionado platéias do mundo todo como um dos mais chocantes relatos sobre a escravidão humana. 




12 Anos de Escravidão tem previsão de estréia para 4 de abril de 2014.

Fonte: Blog Clímax

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

"Minha filha é linda uma princesa dos olhos azuis loira perfeita a sua uma macacaaaaaaaaaaaaaa kkkkkk a" - Racismo contra bebê no Facebook


Clique na imagem para ampliar

O racismo mais uma vez dando as caras. Nem mesmo crianças de poucos meses estão a salvo. E tantas pessoas ainda insistem em falar que estamos loucos.



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Estudantes Negros protestam na UFSC



Atividade foi chamada por conta de uma publicação numa das páginas da UFSC, em redes sociais, que mostrava um homem negro dando um cacho de bananas para uma mulher negra. Segundo os estudantes, foi o estopim de uma série de atitudes racistas que costumam acontecer na UFSC.

Teresina contabiliza 100 casos de racismo; maioria em escolas

Delegado disse que o crime pode levar de 1 a 3 anos de reclusão.

A Delegacia de Proteção aos Direitos Humanos e de Repressão as Condutas Discriminatórias está encerrando o ano contabilizando mais de 100 denúncias por racismo em Teresina. Segundo o delegado Sebastião Escórcio o crime tem crescido principalmente em ambiente escolar.


"São alunos que denunciam professores, supervisores e funcionários de escolas por crime de injúria racial. São discussões que acontecem dentro de sala de aula e nos corredores da escola", disse o delegado.

"Os principais xingamentos são de negro vagabundo, urubu, fedorento, cara de crioulo, quando não faz merda na saída faz na entrada e só podia ser negro", relatou Sebastião Escórcio. Ele conta ainda que as expressões são usadas para humilhar as vítimas, mas que na investigação muitas vezes é difícil de comprovar.

Segundo o delegado, o crime pode levar de um ano a três anos de reclusão.

Ele ressalta que as punições são de prestação de penas alternativas ou pagamento de cestas básicas.

"O agressor acha que é o meio mais fácil de denegrir e agredir a vítima. Estamos investigando todos os casos na delegacia", disse o delegado.

Abuso de autoridade

Sebastião Escórcio também esclarece que a Delegacia de Proteção aos Direitos Humanos e de Repressão as Condutas Discriminatórias tem atribuições de investigar as denúncias de torturas e abuso de autoridades. As principais queixas são contra policiais militares. De janeiro até agora 35 casos foram registrados no distrito.


Jogador é alvo de ataques

Um caso de racismo chamou atenção envolvendo um jogador brasileiro durante o Campeonato Espanhol. No clássico da cidade de Sevilha, o zagueiro Paulo Afonso Santos Junior, o Paulão, foi vítima da própria torcida. Expulso aos 41 minutos do primeiro tempo, após receber o segundo cartão amarelo, o zagueiro do Betis foi hostilizado pela torcida. Os torcedores fizeram gestos obscenos e imitaram macacos. Abalado com a atitude o jogador deixou o estádio chorando.

Fonte: Geledés




terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Médico Nigeriano é vitima de racismo no Brasil e fez depoimento na Assembléia Legislativa do Maranhão



Médico nigeriano reafirma a deputados que sofreu discriminação racial no MA
Em depoimento na Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (2), o médico nigeriano Kinglsley Ify Umeilechukwu disse que foi preso, no dia 23 do mês passado, em Bacuri, por ser negro. Acompanharam o depoimento a presidente da Comissão, deputada Eliziane Gama (PPS), e o deputado Bira do Pindaré (PSB).

Médico nigeriano reafirma a deputados que sofreu discriminação racial
Médico reafirma a deputados da Comissão de Direitos Humanos que sofreu discriminação racial

Os deputados disseram que vão avaliar que medidas a Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia deve tomar, buscando resguardar os direitos do médico, que foi acusado de exercer ilegalmente a profissão. O médico, que explicou que ainda não tem a revalidação do diploma dele no Brasil e que estava apenas estagiando quando foi preso, pretende processar o Estado.

O médico contou que é formado em Medicina, na Nigéria, e que está há quase seis anos no Brasil, vindo para o Maranhão a convite da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), para fazer uma especialização na área de ortopedia no Hospital Dutra. Ele estava acompanhado do cunhado e também médico, Patrick Emanuel, que há mais de trinta anos trabalha pela Ufma e no interior do Maranhão.

Em vários momentos, os dois disseram que Kinglsley Ify Umeilechukwu sofreu discriminação racial e foi preso por três dias, quando estava em seu quarto, sem exercer a medicina. E ao prendê-lo "sequer me perguntaram se eu tinha ou não a documentação e me colocaram na imprensa como assassino".

Ele garantiu que nunca se passou por médico, embora tenha formação na Nigéria, mas que não está autorizado a exercer a Medicina no Brasil por uma questão burocrática, embora a legislação lhe permita fazer estágio, para aprimorar a prática profissional.

Fonte: Geledés

Miss França é alvo de comentários racistas nas redes sociais



A jovem Flora Coquerel, 19 anos, foi eleita a nova Miss França no último fim de semana. O maior desafio da garota, no entanto, nada tem haver com a estética, mas em como lidar com o racismo do qual vem sendo vítima desde que se sagrou vitoriosa neste célebre concurso de beleza. Ironicamente, em seu primeiro discurso como miss, quando as polêmicas mensagens que fazem alusão às origens africanas e a cor de pele da moça ainda não haviam tomado as redes sociais, ela disse estar orgulhosa de representar uma "França Cosmopolita".

Flora Coquerel nasceu em Mont-Saint-Aignan, uma pequena cidade da Normandia, no norte da França. O pai é francês e a mãe é originária de Benin, país da região ocidental da África, colonizado pela França.

A estudante de Comércio Internacional desbancou, no último domingo, dia 8 de dezembro, 32 candidatas ao posto da mais bela mulher da França. Alguns minutos depois de receber a coroa de miss, uma enxurrada de comentários racistas invadiram as redes sociais francesas.

"Os mestiços são o câncer da raça branca", "Que horror, morte aos estrangeiros" "Seria bom ver um pouco de cor branca em nosso país", "A mulher que representa a França nem é branca", "As verdadeiras francesas são brancas, não é normal", "A verdadeira beleza de nossos ancestrais não existe mais", são alguns dos posts que se multiplicaram nas plataformas Twitter e Facebook.



Os ataques geraram uma onda de indignação nos principais sites de beleza e moda do país. O site Glamour faz um paralelo com os ataques racistas dos quais a ministra da Justiça, Christiane Taubira, foi vítima nos dois últimos meses. Em matéria publicada ontem, a jornalista Victoria Laurent lembra que nenhum processo jurídico aconteceu até hoje no país por injúrias racistas. Mas lembra que o arsenal jurídico para lutar contra o racismo na internet existe. "Flora poderia, assim, processar esses internautas", ressalta.

O site da revista semanal Nouvel Observateur vai mais longe e publica um artigo do advogado Gaspard Menilan. Ele acredita que é obrigação do Ministério Público francês proteger seus cidadãos na internet.

"Claro, nós não vamos exigir que a Miss France organize um combate contra a vulgaridade racista e que ela processe cada ignorante da rede. No entanto, a lei do 29 de julho de 1881, em seu artigo 48, autoriza, expressamente o Ministério Público de incriminar o autor de propósitos que concernem discriminação ou injúria de cidadãos devido suas origens, etnia, nação, raça ou religião", escreve.

Orgulho de ser mestiça

Até o momento, a nova Miss França não comentou ou respondeu aos ataques. Ontem, em entrevista a um programa de humor e informação do Canal Plus, o Grand Journal, a estudante explicou o orgulho que disse sentir de representar uma "França cosmopolita". "Eu sou mestiça e sou orgulhosa disso. Acredito que muitas pessoas podem me ter como exemplo. E, se através de mim, for possível ter uma imagem da França multicultural, será formidável!", declarou.

Já no último domingo, a garota falou, em entrevista à rede francesa de televisão BFM TV sobre a morte do líder da luta contra o apartheid na África do Sul, Nelson Mandela. "É um homem de paz e graça à pessoas como ele que o mundo anda na boa direção. É preciso osar, ter coragem, audácia. Pessoas como Mandela são necessárias para mudar o mundo. Sua morte me abalou muito, marcou este fim de ano e ficará para sempre em nossa História", opinou.

Fonte: Geledés

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Morre Nelson Mandela, ícone da luta pela igualdade racial

Presidente da África do Sul entre 1994 e 1999, ele tinha 95 anos.

Líder foi hospitalizado em dezembro para fazer exames de rotina.



O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela morreu aos 95 anos em Pretória, segundo a presidência do país. Mandela ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava em casa.
“Ele partiu, ele se foi pacificamente na companhia de sua família”, afirmou o presidente da África do Sul, Jacob Zuma. “Ele agora descansou, ele agora está em paz. Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu seu pai.”
Mandela vinha sofrendo do problema e estava internado desde junho. Esta foi a quarta internação do ex-presidente desde dezembro. Em abril, as últimas imagens divulgadas do ex-presidente mostraram bastante fragilidade – ele foi visto sentado em uma cadeira, com um cobertor sobre as pernas. Seu rosto não expressava qualquer emoção. No início de março de 2012, o ex-presidente sul-africano havia sido hospitalizado por 24 horas, e o governo informou, na ocasião, que Mandela tinha sido internado para uma bateria de exames rotineira. Em dezembro, porém, ele permaneceu 18 dias hospitalizado, em decorrência de uma infecção pulmonar.
No fim de março de 2013, ele passou 10 dias internado, também por uma infecção pulmonar, provavelmente vinculada às sequelas de uma tuberculose que contraiu durante sua detenção na prisão de Robben Island (ilha de Robben), onde ficou 18 anos preso, de 1964 a 1982.
Conhecido como “Madiba” na África do Sul, ele foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 a 1993.
Ele ficou preso durante 27 anos e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993, sendo eleito em 1994 o primeiro presidente negro da África do Sul, nas primeiras eleições multirraciais do país. Mandela é alvo de um grande culto em seu país, onde sua imagem e citações são onipresentes. Várias avenidas têm seu nome, suas antigas moradias viraram museu e seu rosto aparece em todos os tipos de recordações para turistas.
Havia algum tempo sua saúde frágil o impedia de fazer aparições públicas na África do Sul - a última foi durante a Copa do Mundo de 2010, realizada no país. Mas ele continuou a receber visitantes de grande visibilidade, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.
Mandela passou por uma cirurgia de próstata em 1985, quando ainda estava preso, e foi diagnosticado com tuberculose em 1988. Em 2001, foi diagnosticado com câncer de próstata e hospitalizado por problemas respiratórios, sendo liberado dois dias depois.

Biografia
Mandela nasceu em 18 de julho de 1918 no clã Madiba no vilarejo de Mvezo, no antigo território de Transkei, sudeste da África do Sul. Seu pai, Henry Gadla Mphakanyiswa, era chefe do vilarejo e teve quatro mulheres e 13 filhos - Mandela nasceu da terceira mulher, Nosekeni. Seu nome original era Rolihlahla Mandela.
Após seu pai morrer em 1927, ele foi acolhido pelo rei da tribo, Jongintaba Dalindyebo. Ele cursou a escola primária no povoado de Qunu e recebeu o nome Nelson de uma professora, seguindo uma tradição local de dar nomes cristãos às crianças. Conforme as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental. Na adolescência, praticou boxe e corrida.
Mandela ingressou na Universidade de Fort Hare para cursar artes, mas foi expulso por participar de protestos estudantis. Ele completou os estudos na Universidade da África do Sul. Após terminar os estudos, o rei Jongintaba anunciou que Mandela devia se casar, o que motivou o jovem a fugir e se mudar para Johanesburgo, em 1941.
Em Johanesburgo, ele trabalhou como segurança de uma mina e começou a se interessar por política. Na cidade, Mandela também conheceu o corretor de imóveis Walter Sisulu, que se tornou seu grande amigo pessoal e mentor no ativismo antiapartheid. Por indicação de Sisulu, Mandela começou a trabalhar como aprendiz em uma firma de advocacia e se inscreveu na faculdade de direito de Witwatersrand.
Mandela começou a frequentar informalmente as reuniões do Congresso Nacional Africano (CNA) em 1942. Em 1944, ele fundou a Liga Jovem do Congresso e se casou com a prima de Walter Sisulu, a enfermeira Evelyn Mase. Eles tiveram quatro filhos (dois meninos e duas meninas) – uma das garotas morreu ainda na infância.

Em 1948, ele se tornou secretário nacional do Congresso Nacional Africano (CNA) – no mesmo ano, o Partido Nacional ganhou as eleições do país e começou a implementar a política de apartheid (ou segregação racial). O estudante conheceu futuros colegas da política na faculdade, mas abandonou o curso em 1948, admitindo ter tido notas baixas - ele chegou a retomar a graduação na Universidade de Londres, mas só se formou em 1989 pela Universidade da África do Sul, quando estava preso.
Em 1951, Mandela se tornou presidente do CNA. Em 1952, ele abriu com o amigo Oliver Tambo o primeiro escritório de advocacia do país voltado para negros. No mesmo ano, Mandela foi escolhido como líder da campanha de oposição encabeçada pelo CNA e viajou pelo país, em protesto contra seis leis consideradas injustas. Como reação do governo, ele e 19 colegas foram presos e sentenciados a nove meses de trabalho forçado.
Em 1955, ele ajudou a articular o Congresso do Povo e citava a política pacifista de Gandhi como influência. A reunião uniu a oposição e consolidou as ideias antiapartheid em um documento chamado Carta da Liberdade. No fim do ano, Mandela foi preso juntamente com outros 155 ativistas em uma série de detenções pelo país. Todos foram absolvidos em 1961.
Em 1958, Mandela se divorciou da enfermeira Evelyn Mase e ele se casou novamente, com a assistente social Nomzamo Winnie Madikizela. Os dois tiveram dois filhos.
Em março de 1960, a polícia matou 69 manifestantes desarmados em um protesto contra o governo em Sharpeville. O Partido Nacional declarou estado de emergência no país e baniu o CNA.
Em 1961, Mandela tornou-se líder da guerrilha Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação), após ser absolvido no processo da prisão de 1955. Logo após a absolvição, ele e colegas passaram a trabalhar de maneira escondida planejando uma greve geral no país.
Ele deixou o país ilegalmente em 1962, usando o nome de David Motsamayi, para viajar pela África para receber treinamento militar. Mandela ainda visitou a Inglaterra, Marrocos e Etiópia, e foi preso ao voltar, em agosto do mesmo ano.
De acordo com o jornal “Telegraph”, a organização perdeu o ideal de protestos não letais com o tempo e matou pelo menos 63 pessoas em bombardeios nos 20 anos seguintes.
Mandela foi acusado de deixar o país ilegalmente e incentivar greves, sendo condenado a cinco anos de prisão. A pena foi servida inicialmente na prisão de Pretória. Em março de 1963, ele foi transferido à Ilha de Robben, voltando a Pretória em junho. Um mês depois, diversos companheiros de partido foram presos.        
Em 1963, Mandela e outras nove pessoas foram julgadas por sabotagem, no que ficou conhecido como Julgamento Rivonia. Sob o risco de ser condenado à pena de morte, Mandela fez um discurso à corte que foi imortalizado.
“Eu lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra. Eu cultivei o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. Este é um ideal pelo qual eu espero viver e alcançar. Mas se for necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer”, afirmou.
Em 1964, Mandela e outros sete colegas foram condenados por sabotagem e sentenciados à prisão perpétua. Um deles, Denis Goldberg, foi preso em Pretória por ser branco. Os outros foram levados para a Ilha de Robben.

27 anos de prisão
Mandela passou 18 anos detido na ilha de Robben, na costa da Cidade do Cabo, e nove na prisão Pollsmoor, no continente – a transferência ocorreu em 1982. Enquanto esteve preso, Mandela perdeu sua mãe, que morreu em 1968, e seu filho mais velho, morto em 1969. Ele não foi autorizado a participar dos funerais.
Durante o período em que ficou preso, sua reputação como líder negro cresceu e sedimentou a imagem de liderança do movimento antiapartheid. A partir de 1985, ele iniciou o diálogo sobre sua libertação com o Partido Nacional, que exigia que ele não voltasse à luta armada. Neste ano, ele passou por uma cirurgia na próstata e, ao voltar para a prisão, passou a ser mantido em uma cela sozinho.
Em 1988, Mandela passou por um tratamento contra tuberculose e foi transferido para uma casa na prisão Victor Verster.
Em 2 de fevereiro de 1990, o presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk reinstituiu o Congresso Nacional Africano (CNA). No dia 11 de fevereiro de 1990, Mandela foi solto e, em um evento transmitido mundialmente, disse que continuaria lutando pela igualdade racial no país.

Prêmio Nobel e presidência
Em 1991, Mandela foi eleito novamente presidente do CNA. Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz em 1993, por seus esforços para trazer a paz ao país.
Mandela encabeçou uma série de articulações políticas que culminaram nas primeiras eleições democráticas e multirraciais do país em 27 de abril de 1994.
O CNA ganhou com 62% dos votos, enquanto o Partido Nacional teve 20%. Com o resultado, Mandela tornou-se o primeiro líder negro do país e também o mais velho, com 75 anos. Ele tomou posse em 10 de maio de 1994.
A gestão do presidente foi marcada por políticas antiapartheid, reformas sociais e de saúde.
Em 1996, Mandela se divorciou de Nomzamo Winnie Madikizela por divergências políticas que se tornaram públicas. Em 1998, no dia de seu 80º aniversário, ele se casou com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.
Em 1999, não se candidatou à reeleição e se aposentou da carreira política. Desde então, ele passou boa parte de seu tempo em sua casa no vilarejo de Qunu, onde passou a infância, na província pobre do Cabo Leste.

Causas sociais
Após o fim da carreira política, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos.
Participou de uma campanha de arrecadação de fundos para combater a Aids que tinha como símbolo o número 46664, que carregava quando esteve na prisão.
Em 2008, a comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows em Londres, que contou com a presença de artistas e celebridades engajadas na campanha. Uma estátua de Mandela foi erguida na Praça do Parlamento, na capital inglesa.

Em novembro de 2009, a ONU anunciou que o dia de seu aniversário seria celebrado em todo o mundo como o Dia Internacional de Mandela, uma iniciativa para estimular todos os cidadãos a dedicar 67 minutos a causas sociais - um minuto por ano que ele dedicou a lutar pela igualdade racial e ao fim do apartheid.

Fonte: Revista Afro Bahia

A "Tal" Consciência Humana: Aluno de 8 anos com cabelo Black Power impedido de fazer rematrícula em escola


Depois que a mãe se recusou a mudar o corte do menino, a escola não aceitou que ele fizesse a rematrícula para o próximo ano.
Polícia vai investigar escola que pediu para aluno cortar cabelo black power
A polícia abriu inquérito para investigar um caso de racismo em uma escola particular em Guarulhos, na Grande São Paulo. A escola mandou um recado para a mãe de um aluno dizendo que ele devia cortar o cabelo - estilo black power - que usava. A mãe se recusou a mudar o corte e quando ela foi rematricular o filho, a escola não aceitou.Uma faixa colocada na entrada da escola anuncia que estão abertas as matrículas para o ano que vem. Mas o aviso não vale para Lucas Neiva de Oliveira, de 8 anos, que já estudava no colégio Cidade Jardim Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Aluno da terceira série, ele passou de ano com notas altas. Mesmo assim, não pode continuar na escola.

Os desentendimentos começaram em agosto, quando Maria Izabel Neiva recebeu um bilhete da professora do filho: ela pedia que Lucas usasse um corte de cabelo mais adequado porque o garoto reclamava do comprimento. “O cabelo não atrapalha. O único jeito de chegar no olho é se eu puxar. Não tem como”, conta o menino.

Maria Izabel decidiu não cortar. Mandou um bilhete para a diretora, que respondeu: “É que realmente esse cabelo não é usado aqui no colégio pelos alunos”.

“Vim conversar com ela pessoalmente, passei umas duas ou três horas na sala com ela porque eu falei para ela assim: ‘Não atrapalha em nada o cabelo dele. Ele enxerga normalmente, o cabelo não está no olho, não atrapalha em nada’. E ela disse assim: ‘Atrapalha os colegas a enxergar a lousa. É crespo e é cheio. Não é adequado esse cabelo. Venhamos e convenhamos mãe’”, conta a mãe.

A mãe de Lucas disse que nesse fim de ano não recebeu nenhum aviso sobre a rematrícula do filho. Ficou preocupada e telefonou para o colégio perguntando sobre os prazos. Nessa semana, ela foi na última reunião de pais e foi à secretaria, onde foi informada que já não havia mais vaga para o garoto.

Outra mãe, que prestou depoimento à polícia como testemunha do caso, foi até a secretaria da escola depois de Maria Izabel e conseguiu rematricular a filha, que estuda na mesma classe de Lucas.

“Eu só quero os direitos dele estudar, entendeu? Eu pago a mensalidade tudo adiantado, a melhor educação para o meu filho. Eu já passei preconceito quando era criança e agora o meu filho passando por isso”, lamenta.

Após a queixa da mãe de Lucas, o delegado já instaurou um inquérito para apurar o caso. “Toda vez que a pessoa é impedida ou é tolida de entrar em algum estabelecimento, inclusive estabelecimento de ensino, que tenha a conotação que é por causa da cor ou do cabelo está caracterizado dentro da lei que apura os crimes raciais”, diz Jorge Vidal Pereira .

Em nota, a direção do Colégio Cidade Jardim Cumbica disse que a mãe perdeu o prazo da rematrícula e que foi orientada a colocar o nome do filho na lista de espera.

Afirmou ainda que o inquérito policial é absurdo e que a professora havia orientado a mãe a cortar o cabelo do menino porque a franja estava atrapalhando a visão dele, mas que isso não tem relação com o fato de Lucas não poder ser rematriculado.

De acordo com a polícia, a diretora da escola já foi notificada do inquérito e deve comparecer segunda-feira na delegacia para prestar depoimento.

Fonte: Geledés

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Panorama Ipea - Igualdade Racial



O Panorama Ipea dessa semana discute a igualdade racial e questões como a violência contra a população negra e as cotas para negros no serviço público

Convidados:
Tatiana Dias Silva, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea
Ivair dos Santos, coordenador do Centro de Convivência Negra da Universidade de Brasília

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Preconceito no Maranhão: Médico nigeriano diz que prisão foi motivada por racismo

Kinglsley Ify Umeilechukwu afirma que foi preso simplesmente por ser negro e ressalta que a prisão além de ter motivação racista serviu para esconder os problemas existentes na área de saúde como a falta de vacina anti-rábica nos hospitais

O médico Kinglsley Ify Umeilechukwu, preso na tarde do último sábado (23) em Bacuri, acusado do exercício ilegal da profissão, conversou a com redação do site Maranhão da Gente explicando os problemas que envolveram a prisão dele, ocorrida na semana passada e considerada pelo médico uma atitude arbitrária. Ele adiantou que irá processar o Estado por danos morais e assédio.

Maranhão da Gente: Por que você veio para o Brasil e desde quando presta serviço em nosso país?

Kinglsley: Estou há quase seis anos no Brasil. Me formei em Medicina e exercia minha profissão no meu país normalmente, quando recebi um convite da UFMA para vir fazer uma especialização na área de ortopedia no Hospital Dutra. Para regularizar a minha situação prestei o Revalida em dois estados, Mato Grosso e Minas Gerais. No Mato Grosso entrei com uma ação judicial  para ter a prova reconhecida. Em Minas Gerais, já fui aprovado e começo o curso complementar agora em Janeiro de 2014. São muitas as exigências, inclusive referente ao idioma e eu já fiz a prova em Belém e fui aprovado.

Maranhão da Gente: Existem outros companheiros da Nigéria atuando no Maranhão?

Kinglsley: Se existem, eu desconheço. Conheço apenas o meu cunhado, o Patrick Emanuel, que já está formado há mais de trinta anos pela UFMA e trabalhando aqui no interior do Maranhão.

Maranhão da Gente: O que de fato aconteceu para que você viesse a ser preso, sem a devida apuração?

Kinglsley: Eles me prenderam simplesmente porque eu sou negro. Porque não aceitam ou admitem que negros, como eu, podem sim exercer a medicina, ter oportunidade de estudar, de trabalhar e de prestar serviço a outras pessoas. Quando me prenderam sequer me perguntaram se eu tinha ou não a documentação. A minha maior revolta é que me colocaram na televisão como um bandido, como um assassino. Eu pedi para falar com a imprensa, eles me colocaram numa sala e me impediram até de explicar o que aconteceu no hospital. O que eles queriam era mascarar as péssimas condições de trabalho da saúde pública. Queriam esconder que menina morreu porque não tinha vacina no posto médico. E está tudo documentado. Eu não era o médico responsável, estava lá apenas acompanhando o Dr. Ubiratan, o verdadeiro médico responsável. O grande problema é a cor da minha pele, o meu cunhado, assim como eu, também passa por constrangimentos. Tudo isso foi orquestrado para  me prejudicar.

Maranhão da Gente:  Você pretende processar o Estado por todo esse constrangimento?

Kinglsley: Sem dúvida. Eu não posso ficar calado com tanta estupidez. Me deixaram exposto e não me deram direito de defesa. Nunca me passei por médico, eu sou médico. Não estou autorizado a exercer a Medicina aqui no Brasil por uma questão burocrática e respeito isso, mas não podem me tirar o direito de acompanhar um profissional do país para aprender, para a aprimorar a prática profissional

Fonte: Blog do Raimundo Garrone

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Escola dos EUA ameaça expulsar menina com cabelo crespo e armado

Segundo família, escola de Orlando deu prazo de 1 semana para mudança.
Menina de 12 anos se negou a mudar mesmo com provocação de colegas.


Uma menina de 12 anos foi ameaçada de expulsão pela escola particular onde estuda na Flórida, nos Estados Unidos, caso não cortasse e mudasse o estilo de seu cabelo. Vanessa VanDyke tem os cabelos crespos e com volume, e segundo sua família, recebeu o prazo de uma semana para decidir se iria cortar os fios ou deixar a escola, de acordo com a emissora de TV “WKMG”.

O caso gerou muita repercussão nos EUA, e a escola Faith Christian Academy de Orlando disse nesta semana que não está exigindo que a menina corte os cabelos para continuar frequentando o estabelecimento – eles “apenas” querem que ela mude seu estilo.

Vanessa VanDyke foi ameaçada de expulsão em escola de Orlando por causa de seu cabelo (Foto: Reprodução/YouTube/RippDemUp TV)

De acordo com a família de Vanessa Van Dyke, na última semana um conselheiro da escola advertiu a mãe da menina para que ela alisasse ou cortasse seu cabelo – ou a criança poderia ser expulsa.

A família não cogitou fazer as mudanças, pois o cabelo da menina faz parte de sua identidade. “Ele mostra que sou única. Eu gosto desta maneira. Eu sei que as pessoas vão me provocar porque ele não é liso, mas eu não ligo”, contou Vanessa.

A escola onde Vanessa estuda tem códigos de vestimentas e regras sobre como os alunos podem usar seus cabelos. “Os cabelos devem estar na cor natural e não devem ser uma distração”, dizem as regras, que citam como exemplos que não podem ser utilizados moicanos e raspados.

“Uma distração para uma pessoa não é distração para outra”, diz a mãe da menina, Sabrina Kent. “Você pode ter uma criança com espinhas no rosto. Você vai chamar isso de distração?”

Vanessa contou que usa seu cabelo longo e armado desde o início do ano, mas ele se tornou uma questão para a escola depois que sua família reclamou das provocações feitas pelas outras crianças.

“Houve pessoas que a provocaram por seu cabelo, e me parece que estão culpando-a por isso”, disse Sabrina. “Vou lutar pela minha filha. Se ela quer usar o cabelo assim, ela vai mantê-lo assim. Há pessoas que podem pensar que usar o cabelo natural não é apropriado. Mas ela é bonita assim.”

Responsáveis pela escola disseram em um comunicado que não estão pedindo que a menina use produtos ou corte seu cabelo, mas que ela o modele de acordo com as regras da escola.


Fonte: G1.com.br

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Manifesto de apoio ao ministro Joaquim Barbosa na condução do caso do Mensalão


Apoie o ministro do STF Joaquim Barbosa na luta junto com o povo brasileiro em favor da ética, da moralidade e da decência na política e no trato com a coisa pública!

O Partido dos Trabalhadores tenta a todo custo desqualificar o trabalho da justiça brasileira que colocou na cadeia os mensaleiros, após um julgamento justo e com a garantia de ampla defesa para todos os envolvidos.
O brasileiro honesto, que trabalha e paga seus impostos não pode permitir esta manobra feita pelo PT, pelos chamados "intelectuais" da esquerda e por setores da mídia, que tentam transformar, POLÍTICOS PRESOS em PRESOS POLÍTICOS. Isto em pleno regime democrático!
O fato é que o Brasil já não aguenta mais tanta roubalheira e tanta impunidade. Vamos apoiar o presidente do STF Joaquim Barbosa, para que este caso seja exemplo e se torne um marco no combate a corrupção nesse país.
Se você concorda que corruptos condenados devam cumprir a pena estabelecida sem regalias ao invés de serem tratados como heróis da pátria, assine e compartilhe este manifesto! O Brasil honesto agradece!
Rogério Anício Oliveira - Cidadão Brasileiro - http://fb.com/rogerionaweb

Assine a Petição aqui.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Salário de negros é em média 36% menor, mostra estudo do Dieese

Trabalhadores negros ocupam, em geral, cargos de menor qualificação e, consequentemente, têm salários mais baixos

SÃO PAULO - Os negros no Brasil carecem de igualdade de oportunidades e, com isso, acabam ocupando cargos de menor qualificação e, consequentemente, de salários mais baixos, mostra o estudo "Os Negros no Mercado de Trabalho", divulgado nesta quarta-feira, 13, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A pesquisa revelou que um trabalhador negro ganha em média 36,11% a menos que um trabalhador não negro. No entanto, o levantamento não compara salários dos dois segmentos em cargos iguais - apenas verifica quanto recebem negros e não negros em diferentes setores de atividade e faz uma média.

O segmento de negros, na pesquisa, é composto por pretos e pardos e o de não negros engloba brancos e amarelos.

Em São Paulo, por exemplo, em 2011 e 2012 a proporção de ocupados negros era de 67,4% na Construção, nos empregos de pedreiro, servente, pintor, caiador e trabalhador braçal. Para os não negros, esse porcentual era de 52,6%.

Da mesma forma, os não negros eram 22,8% nos Serviços em São Paulo, nos empregos de faxineiro, lixeiro, servente, camareiro e empregado doméstico. Para os não negros, o porcentual era de 11,1%.

Isso mostra, diz o estudo, que os negros se concentram nas ocupações de menor prestígio e valorização, consequentemente as de salários mais baixos. "O problema é falta de oportunidades iguais para negros e não negros para se alcançar postos de trabalho mais valorizados", disse a economista Lúcia Garcia, coordenadora do Sistema Pesquisa Emprego e Desemprego (Sistema PED) do Dieese.

Além disso, os negros têm mais dificuldades de chegar a cargos de direção e planejamento. No caso de São Paulo, por exemplo, apenas 5,7% dos negros ocupavam esses cargos no biênio 2011-2012 ante 18,1% dos não negros. Os negros, porém, eram 61,1% em cargos de execução e 24,7% nos de apoio, na comparação com 52,1% e 23,3% dos não negros, respectivamente. "O negro não só enfrenta seletividade no trabalho como enfrenta obstáculos que o direcionam para empregos de menor qualificação", disse Lucia.

As informações analisadas foram apuradas pelo Sistema PED, realizado por meio do convênio entre o Dieese, a Fundação Seade, o Ministério do Trabalho e parceiros regionais no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.

Fonte: Estadão

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Protesto - Modelos tiram a roupa em ato pela consciência negra no Fashion Rio


Um grupo de cerca de 40 artistas e modelos fez um ato na Zona Portuária, em frente ao Píer Mauá, onde ocorre a primeira noite de desfiles da temporada outono/inverno do Fashion Rio, na noite desta quarta-feira (7). Segundo o diretor do grupo Palco dos Mil Sonhos, Leonidas Lopes, a apresentação é uma celebração pelo mês da consciência negra.

A apresentação ocorre um dia após a assinatura de um termo de compromisso por parte da empresa que realiza o evento, a Luminosidade, e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, recomendando uma cota de 10% de modelos negros nos desfiles.

"O termo de compromisso é uma celebração de um passo conjunto que pode trazer um espaço que ainda não há no Rio. O desenho estético vendido pela moda não atende a proposta de consumo da maioria da população brasileira", disse Moisés Alcuña, coordenador de políticas públicas da Educafro.

Modelos ficam nuas em ato na Zona Portuária

Ato foi realizado um dia após a assinatura de um termo de compromisso recomendando uma cota de 10% de modelos negros nos desfiles



Fonte: Portal Gilberto Silva

Dilma pede urgência para cotas no serviço público


A presidenta Dilma Roussef abriu na noite desta terça-feira (05) a III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), que tem como tema “Democracia e desenvolvimento sem racismo: por um Brasil afirmativo”. O deputado Edson Santos (PT-RJ), ex-ministro da Igualdade Racial, participou da solenidade.

Durante o evento, a presidenta anunciou que oficialmente pediu urgência ao Congresso para a análise do projeto de lei que estabelece reserva de 20% das vagas em concursos públicos para negros. Segundo ela, a medida tem um imenso potencial transformador para o país, e deverá servir de exemplo para os demais entes de federação.

Em seu discurso, a presidenta Dilma ressaltou a necessidade de tratamento simultâneo das questões raciais e sociais para tornar o Brasil um país mais igualitário. Nesse processo, ela destacou a importância do Estatuto da Igualdade Racial, que em apenas três anos de vigência provocou mudanças relevantes para o país. E agradeceu a contribuição do deputado Edson Santos, atribuindo ao parlamentar, então na condição de ministro, a costura do acordo para a aprovação do Estatuto no Congresso após dez anos de impasse.

Mais Médicos – A presidenta declarou que as comunidades quilombolas e indígenas são prioritárias para o Programa Mais Médicos, e que até março do ano que vem todas estarão atendidas. Por fim, Dilma destacou que o Governo Federal dará todo respaldo ao Programa Juventude Viva, que tem como objetivo enfrentar a violência contra a juventude brasileira, especialmente os jovens negros, principais vítimas de homicídio no Brasil.

Fonte: Deputado Edson Santos

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ilê Aiyê abre inscrições para nova Deusa do Ébano

Prazo começa nesta segunda-feira (4). Candidatas podem ter até 40 anos. Interessadas devem procurar sede do bloco no Curuzu, em Salvador.

Da Redação - Revista Afro Bahia - Nesta segunda-feira (4), o Ilê Aiyê abre, na Senzala do Barro Preto, as inscrições para a escolha da nova Deusa do Ébano. Diante das comemorações das quatro décadas de existência, o bloco decidiu ampliar a faixa etária das concorrentes, que poderão ter até 40 anos de idade.

As outras condições, no entanto, não mudaram: as candidatas precisam saber dançar e conhecer um pouco da trajetória do Ilê Aiyê, do carnaval aos projetos sociais.

A Deusa do Ébano desfila com destaque durante o carnaval, representa a entidade em eventos sociais diversos e participa de viagens e turnês, acompanhando o Ilê, dentro e fora do Brasil.

Cerca de 15 candidatas são escolhidas como finalistas e disputam o título em noite de festa e celebração, a Noite da Beleza Negra, cuja data ainda será anunciada.

Para se inscrever, as interessadas devem procurar a sede da instituição, no Curuzu, de segunda a sexta-feira, em horário comercial, sempre munida de uma fotografia.

Inscrições Deusa do Ébano
Período: segunda a sexta, em horário comercial
Local: Senzala do Barro Preto, Curuzu, Liberdade (Sede do Ilê)
Condições: ter entre 18 e 40 anos / Levar fotografia 3 x 4
Informações: 2103-3400 / ileaiye@ileaiye.org.br



quinta-feira, 31 de outubro de 2013

CCJ da Câmara aprova cota racial para deputados federais e estaduais

Texto fixa um mínimo de deputados negros na Câmara e nas assembleias.
Proposta ainda não tem prazo para ser levada ao plenário.


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (30) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) (leia a íntegra) que estabelece reserva de vagas para parlamentares de origem negra na própria Câmara e nas assembleias legislativas.

Não há previsão de quando a proposta será votada no plenário. Antes, o texto ainda terá de ser submetido a uma comissão especial a ser formada especificamente para analisar a proposta. Para alterar a Constituição, uma PEC precisa ser aprovada em dois turnos na Câmara e no Senado, por maioria de três quintos dos membros de cada uma das casas (308 deputados e 49 senadores).

Segundo a proposta, o percentual das vagas destinadas aos parlamentares de origem negra corresponderá a dois terços do percentual da população que se declarou preta ou parda no último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelos dados do último censo, de 2010, esse percentual seria de 50,7%.


Se a PEC estivesse em vigor hoje, dois terços dos 50,7% corresponderiam a 173 vagas para negros entre os 513 deputados da Câmara.

A proposta aprovada na CCJ também determina que o percentual de vagas destinadas a parlamentares negros não pode ser inferior a 20% ou superior a 50% do total de vagas.


'Voto específico'

De acordo com o projeto, a reserva de cotas raciais teria validade por cinco legislaturas (o equivalente a 20 anos). Pelo texto, durante esse período, cada eleitor teria direito a um "voto específico" destinado a candidatos negros.

Segundo o autor do texto, deputado Luiz Alberto (PT-BA), deverão ser criadas duas listas de votação nas eleições para deputados federais e estaduais.

“Pela proposta, você tem direito a dois votos. Um voto vai para a lista geral, que pode ser negro, branco, mulher, índio, e um outro voto específico da lista da candidatura negra”, disse Alberto, parlamentar que se declara negro. “Hoje fazendo uma análise superficial, podemos perceber que menos de 5% dos deputados federais são negros.”

'Choque de democracia'

Na justificativa da PEC, Luiz Alberto, coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombolas, afirma que o projeto busca “superar insuficiência” na democracia brasileira.

“O que se propõe aqui é dar um choque de democracia nas casas legislativas e que esse choque recaia justamente sobre a questão decisiva em todas as discussões histórica e teoricamente mais relevantes sobre a democracia no Brasil, que é a das relações entre equidade racial e equidade social, econômica, cultural e política”, escreveu o parlamentar do PT ao assinar a proposta.

Fonte: G1.com



sábado, 26 de outubro de 2013

Yaya Touré pede boicote de jogadores negros na Copa do Mundo de 2018

Vítima de racismo na Rússia, país que sediará o próximo Mundial, volante disse ter ouvido gritos de macaco

Mais um caso de racismo em uma partida de futebol pode ser vista na vitória do Manchester City sobre o CSKA Moscou, na última quarta-feira (23, pela Liga dos Campeões. Foi o que revelou o volante marfinense Yayá Toure, do clube inglês. Vítima de gritos ofensivos por parte da torcida do time inglês, o jogador afirmou, em entrevista ao "Daily Mail", que os jogadores negros podem boicotar a Copa do Mundo de 2018, que será disputada na Rússia.

O país, recorrente nesse tipo de situação, advertiu que, caso providências não sejam tomadas em relação aos torcedores russos continuarem insultando os jogadores, os atletas podem não disputar a competição.

"É um problema real aqui, algo que acontece o tempo todo, e é claro que eles precisam resolver o problema antes da Copa do Mundo. Caso contrário, se não tivermos confiança para ir à Copa do Mundo na Rússia, nós não iremos", disse Touré.

Quando pegava na bola, os russos imitavam sons de macaco para provocar o marfinense. Apesar de acusar a torcida do CSKA, o diretor de comunicação do clube russo, Michael Sanadze, negou tal insulto a Yaya. O clube também divulgou um comunicado oficial para esclarecer a situação.

"Nada de especial aconteceu. Ninguém mais, além Touré, ouviu alguma coisa", disse ele.

“Depois de termos estudado cuidadosamente o vídeo do jogo, não encontramos insultos racistas de torcedores do CSKA. Em muitas ocasiões, especialmente durante os ataques à nossa meta, torcedores vaiaram e assobiaram para colocar pressão sobre os jogadores rivais, mas, independentemente de sua raça. Por que o meio-campista marfinense tomou como tudo sendo direcionado para ele?”

Jogador do CSKA, o atacante Seydou Doumbia declarou não ter ouvido nada por parte da torcida. Segundo Doumbia, Touré está exagerando.

"Não ouvi nada assim (ofensivo) dos torcedores do CSKA. Sim, eles sempre fazem barulho e apoiam o time, tentando colocar o máximo de pressão possível sobre o adversário, mas eles jamais se permitiriam gritar cânticos racistas. Meu colega da Costa do Marfim está nitidamente exagerando", frisou.

Após o incidente, a UEFA, depois de receber o relatório do árbitro romeno Ovidiu Hategan e do delegado do jogo, abriram um procedimento investigativo contra o clube por comportamento racista dos seus torcedores e por causa de sinalizadores atirados no gramado.

Fonte: Yahoo! Esportes

30 ANOS DO BLOCO AFRO AKOMABU

O Bloco Afro Akomabu do CCN, surgiu no dia 03 de março de 1984. A palavra Akomabu significa “A cultura não deve morrer”. O bloco é antes de tudo um trabalho político-cultural que o CCN, objetivando a preservação e divulgação da cultura negra, vem desenvolvendo com seus integrantes e pessoas da comunidade. O Akomabu resgata e leva para as ruas de São Luís, durante o carnaval, o som dos atabaques, agogôs e cabaças, com grande influência em seu ritmo dos toques dos terreiros de mina do Maranhão. O Akomabu não é um bloco no modelo convencional, assim, não disputa prêmio nenhum, pois tem o objetivo de levar uma mensagem de valorização da auto-estima dos afrodescendentes e tem se tornado uma expressão cultural da população negra maranhense.

O Akomabu saiu pela primeira vez em 03 de março de 1984 com 45 participantes, cantando músicas dos terreiros de tambor de Mina do Maranhão e algumas músicas do Bloco Afro Ilê Aiyê, da Bahia.

Em 2014, o Bloco Afro Akomabu completa 30 anos e levará às ruas de São Luís o tema:  “AKOMABU: 30 anos de luta e resistência”.

Trata-se de um tema rico que se propõe fazer um resgate dos 30 anos do Akomabu e 34 anos do CCN com suas ações diversificadas em prol da cultura do povo negro no Estado do Maranhão.

Dia 26 de Outubro do corrente, a partir das 17h, iniciam os ensaios do Bloco Afro Akomabu para o Carnaval de 2014.

Oficinas de percussão toda quinta-feira a partir das 19h.

Em anexo AGENDA
Ensaios Internos (aos sábado):
Dia 26 – Outubro (sábado) a partir das 17 h.
Mês de Novembro (09, 16, 23 e 30);
Mês de Dezembro (07, 14, 21 e 28);
Janeiro de 2014 (04, 11, 18 e 25);
Fevereiro – 1º

Atenciosamente,      


Comissão Akomabu

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Enem já tem mais negros que o Censo

Em 21 Estados e no DF, proporção de pretos, pardos e indígenas é maior do que a registrada pelo IBGE

Em 21 Estados, além do Distrito Federal, a proporção de candidatos pretos, pardos e indígenas (PPI) no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já supera à registrada no Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O principal motivo é a Lei de Cotas nas federais, que fazem a seleção de universitários por meio da prova.


No Rio Grande do Sul, por exemplo, a proporção de inscritos como PPI é de 18,9% - enquanto no Censo esse índice é de 16,45% -, a maior diferença. Apesar de a reserva de vagas já ter valido para quem ingressou neste ano, as inscrições haviam sido encerradas no ano passado, quando as regras foram sancionadas. Segundo a legislação, o porcentual de PPI de cada Estado deve ser atendido entre os cotistas de escola pública.

Neste ano, as federais devem garantir a matrícula de 25% dos novos alunos, por curso, oriundos da rede pública. Em 2016, a participação deverá ser de no mínimo 50%. Enquanto o total de inscritos subiu 24% entre 2012 e 2013, a alta de cotistas foi de 29%. A proporção de PPI no Enem chegou a 56%, maior também do que o Censo registra na população brasileira: 51%.

A maior proporção de PPI entre os inscritos foi em Sergipe, com 80,58%. O censo registra que 71% da população do Estado é PPI. Tanto o IBGE quanto o Enem usam o critério de autodeclaração - preto, pardo, indígena e branco. Os negros são a soma de pretos e pardos.

Apenas Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Amazonas e Maranhão registram proporção de PPI inferior à do Censo. Os dois últimos estão entre as quatro maiores proporções de PPI, com 77,87% e 77%, respectivamente.

Tendência crescente. Além da Lei de Cotas nas federais, a expansão do Programa Universidade para Todos (ProUni), que dá bolsas parciais e integrais em instituições particulares de ensino superior, ajuda a explicar os números. "Os dados revelam que as políticas de inclusão estão no caminho certo", avalia o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília (UnB), Nelson Inocêncio. Segundo ele, novas chances de acesso têm encorajado mais candidatos.

Para o presidente do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, Jorge Werthein, a tendência de aumento de PPI, registrada desde 2010, deverá manter-se. "Mas ainda são necessários mais mecanismos de permanência desse grupo nas universidades."

Mil ainda estão sem cartão de ingresso. Pouco mais de mil estudantes que se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio não foram encontrados pelo Ministério da Educação e não receberam seu cartão de ingresso. A avaliação exige que os estudantes apresentem o cartão e um documento com foto para entrar nos locais de prova. Ontem, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, informou que os mais de 7 milhões de cadernos de provas já estão impressos e estão sob a proteção da Polícia Federal nos Estados onde serão aplicados.

Fonte: Estadão

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

"Associar exu a diabo é uma ignorância", diz babalorixá Professor King

"Associar exu a diabo é uma ignorância", diz babalorixá Professor King e outros vídeos - TV UOL

O programa UOL Astral conversa com o babalorixá nigeriano Professor King, que esclarece o que exu e ainda explica para André Mantovanni sobre o jogo de adivinhação Ifá.

Fonte: TV UOL


Chamada de Artigos Revista da ABPN




É com imenso prazer que a Equipe Editorial da Revista da ABPN comunica a todos(as) que até 31 de dezembro estará aberta a fase de submissão de artigos para a décima segunda edição da Revista com temática livre no que tange as questões raciais. Lembrando que a Revista da ABPN tem qualificação B2 no Qualis para a área de História, Educação e Interdisciplinar.
Esperamos que a diversidade das abordagens apresentadas nos artigos possa contribuir para ampliar nossos conhecimentos e no estabelecimento de novos debates e reflexões.
A Equipe Editorial

Acesse: Revista ABPN

Atriz acusa autor de "Amor à Vida" de racismo

A atriz Tatiana Godoi


A atriz Tatiana Godoi procurou a coluna, informando que foi ameaçada pelo autor Walcyr Carrasco por ter manifestado sua opinião sobre o filho adotivo dos personagens do Tiago Fragoso e Marcelo Anthony, que é negro, ser obrigado a cortar o cabelo na novela "Amor à Vida".

Como resposta, diz que foi chamada de chata e ameaçada por Walcyr, que disse que "iria guardar o seu nome, para nunca ser contratada". Eis algumas das mensagens, que a atriz recebeu pelo Facebook:  "Você está se baseando na noticia de um jornal que não falou comigo. O que eu pedi pra a equipe de figurino foi outra coisa. Mas sinceramente, prefiro encerrar a conversa por aqui. Vou te bloquear e tentarei guardar seu nome, já que é atriz, para nunca te contratar"...





À coluna, Tatiana declarou: "Taí a conversa. Eu até entendo ele achar esse assunto chato , porque ele não passa isso na pele. Até entendo ele me chamar de chata e querer bloquear, poderia sim ter escrito isso, o que não gostei e não; E entendi ele falar que vai guardar meu nome para não contratar já que sou atriz , ou seja pessoa vingativa, agora entendo o porque dele ter matado a Marina Ruy Barbosa por conta do cabelo e a Claudia Raia em "Morde e Assopra". Se com as que já são famosas ele fez isso imagina com outras pessoas... Eu também o questionei mesmo eu sendo hétero sobre o Eron transar com mulher. Eu tenho muito amigos gays e sei  o quanto é difícil para eles, agora fazendo isso na novela, dá impressão que se "apertar" e transar com mulher, todo gay vai virar hétero, ou seja ele só pode ser louco escrevendo histórias assim. Mas enfim, Deus tudo vê...abraços e obrigada".

Outro lado

Procurado, Walcyr Carrasco argumentou que o menino vai mudar de visual na trama porque troca de família ao ser adotado. "Ela me enviou uns vinte facebooks, baseada numa informação totalmente tirada da cabeça dela, de que eu cortaria o cabelo do menino para parecer com um cabelo de branco. Eu pedi para cortar porque o menino, ao ser adotado, deve mudar o visual em roupas e cabelos. Nunca houve nenhuma menção ao fato dele ser negro. Eu é que pedi um menino negro justamente para estimular as adoções inter-raciais. Então, ela começou a me chamar de racista. Eu expliquei que escrevi 'Xica da Silva', etc. Ela continuou me atacando, e dizendo que era atriz.... ou seja, no fundo queria descolar algo. E então disse que faria uma campanha contra a novela. Então eu respondi literalmente que lembraria do nome dela para eu (eu pessoalmente) não trabalhar com ela, não por ser negra, mas por ser chata. Imediatamente, ela me ameaçou dizendo que espalharia isso na imprensa, em termos que configuram chantagem. E botou uma mensagem no Twitter adulterando o que eu tinha dito, dizendo que eu não a contrataria por ser negra. Mentira absoluta. Ela jamais questionou o corte do cabelo do garoto, já começou chutando o balde, me chamando de racista e fazendo ameaças. É isso aí".

Fonte:BOL

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Requerida apuração de denúncia de abuso de autoridade e racismo praticado por PMs


Campinas, 21 de outubro de 2013- Um documento assinado pelo vereador Carlão do PT, pela Secretaria de Combate ao Racismo da Macrorregião de Campinas do PT e por nove entidades do Movimento Negro de Campinas foi protocolado, nesta sexta (18/10), na sede do Comando da Polícia Militar de Campinas, pedindo apuração de possível prática de racismo e abuso de autoridade por policiais militares, na semana passada, no Condomínio Residencial Arlete Cardoso Lins, no DIC (Campinas-SP), onde residem trabalhadores da Unicamp. As entidades que assinam o documento são Comunidade Jongo Dito Ribeiro, Casa de Cultura Fazenda Roseira, Instituto Cultural Babá Toloji, Grupo Força da Raça, Associação das Comunidades Tradicionais de Terreiros, Grupo de São Jorge, Ponto de Cultura Ibaô, Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e Casa de Cultura Tainã.

A denúncia tem como base vídeos postados no You Tube dia 12 de outubro. "Segundo apresenta o vídeo, os policiais militares que atenderam a ocorrência foram desumanos e não respeitaram sequer as crianças.", afirmam os denunciantes. Eles argumentam que as entidades do Movimento Negro vêm, ao longo dos anos, denunciando arbitrariedades impostas pelo comando da PM à população negra por meio de manifestos, marchas e outras ações. "Lutamos contra o extermínio do povo negro através do genocídio da juventude negra", concluem.

Entre os argumentos jurídicos estão os fundamentos da Constituição Federal (Artigo 1º), que proclama "A dignidade da pessoa humana". Já o artigo 5º, ao definir os direitos e deveres individuais e coletivos, estabelece no inciso XLI que "a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais" e no inciso XLII que "a prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão". Os denunciantes requerem a instauração de inquérito policial para apuração de responsabilidade criminal, procedimento de apuração pela Polícia Militar, Delegacia de Crimes Raciais do Estado de São Paulo e Secretaria de Justiça de São Paulo.

A denúncia é uma ação da campanha É Racismo! Não é Um Mal Entendido!, lançada em março deste ano pelo mandato do vereador Carlão do PT em parceria com pessoas que atuam no combate ao racismo em Campinas. O objetivo da Campanha é promover a reflexão, a conscientização e a participação da população, com sugestões e denúncias. Os canais de comunicação da Campanha são site (http://eracismo.wix.com/eracismo), e-mail ( eracismo@gmail.com) e Fan Page.




Fonte: Geledés

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Pesquisa revela: mais de 90% das meninas que trabalham no Brasil são negras


De acordo com dados divulgados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 93% das crianças e dos adolescentes envolvidos em trabalho doméstico no Brasil são meninas negras. Em números absolutos, são mais de 241 mil garotas executando tarefas domésticas na casa de terceiros.

Os dados foram divulgados pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPeti), no estudo O Trabalho Doméstico no Brasil, com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011, a mais recente. Em relação à cor, o perfil dessas crianças e jovens indica que 67% são negras.

Estima-se atualmente que haja cerca de 3,7 milhões de crianças e adolescentes dos 5 aos 17 anos trabalhando no Brasil, segundo dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mundo, há mais de 168 milhões de crianças e adolescentes (entre 5 e 17 anos) trabalhando no mundo, das quais 85 milhões em atividades consideradas as piores formas – que são perigosas, insalubres ou abusivas.

Fonte: Revista Afro.com

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Centro de ensino em comunidade quilombola no Maranhão passa por dificuldades


Codó (MA) - No Maranhão estão mais de 25% das cerca de 2 mil escolas em área remanescente de quilombos do país. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no estado existem 574 centros de ensino. Na região de Codó, estão 13 comunidades. Em uma delas, Santo Antônio dos Pretos, a 45 quilômetros de Codó, o Centro Quilombola de Alternância Ana Moreira (Ceqfaam), que atende a jovens da comunidade e dos povoados vizinhos, no ensino médio, precisa urgentemente de recursos.

O ensino médio, antes do Ceqfaam, era cursado em Codó. As famílias se mudavam para a cidade ou enviavam os filhos. O centro, fundado em 2010, foi inaugurado com muita pompa, mas, depois disso, caiu no esquecimento, disse, à reportagem da Agência Brasil e da TV Brasil, Francisco Carlos da Silva, uma das lideranças da comunidade.

No mesmo ano da inauguração, alunos, pais e diretores do Ceqfaam divulgaram uma carta denunciando a situação de abandono do centro de ensino. No documento, eles declaram que o governo mandou “cancelar a licitação do poço artesiano, deixando a escola sem água [alunos tomam banho e lavam roupas no rio]; faltam quase todos os equipamentos; quem faz a alimentação e a limpeza da escola são os professores e alunos, pois as duas cozinheiras, após trabalhar cinco meses sem receber os vencimentos, deixaram o serviço, e o mesmo fez o vigilante; e a energia elétrica é gambiarra”.

Em junho deste ano, a Promotoria de Justiça da Comarca de Codó ingressou com uma ação civil pública, com pedido de liminar contra o estado do Maranhão, solicitando à Justiça que determine a regularização do fornecimento de alimentação aos alunos. Segundo o Ministério Público do Maranhão, por causa desse problema, os estudantes deixaram de ir às aulas. Além disso, a escola recebeu do Ministério da Educação computadores para instalar um laboratório de informática, mas todo material permanece encaixotado, guardado em uma sala. “A rede elétrica não comporta” a instalação dos computadores, disse Solon Nóbrega, um dos professores do centro.



Apesar das dificuldades, o Ceqfaam formou a primeira turma, de 29 alunos. A cerimônia ocorreu no dia 7 de março deste ano. Francimara Delgado Nunes, que concluiu o curso, falou das dificuldades enfrentadas. “Minha turma foi a primeira a chegar na escola. Então para a gente se acostumar com pouca coisa que tinha na escola foi muito difícil. Teve muita dificuldade em tudo, com água, energia, até professores, tinha muita dificuldade”, disse a estudante que ainda não recebeu o diploma.

O professor Solon Nóbrega ressaltou a importância do Ceqfaam para preparar os jovens da comunidade para o trabalho na área agrícola. “A gente não trabalha para formar técnicos que saiam daqui e vão trabalhar em grande fazendas, embora estejam preparados para isso. A intenção é que voltem para a comunidade e, o que eles aprendem aqui, possam aplicar lá”. O professor disse ainda que as técnicas aprendidas podem aperfeiçoar o tipo de cultivo, ainda tradicional e de subsistência. “Aqui, a fome é muito grande, por causa desse inverno curto. A fome este ano foi muito grande, foi muito pouca a colheita”, declarou.

O governo do Maranhão foi procurado pela Agência Brasil e, em nota, diz que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) mantém permanente diálogo com a comunidade escolar para resolver as questões pertinentes ao funcionamento da escola. “Para resolver o problema da água, está sendo licitada a construção do poço artesiano. Quanto à alimentação escolar para os alunos, o repasse financeiro é efetivado regularmente. O preparo das refeições vem sendo feito por uma moradora voluntária do projeto na Comunidade Quilombola de Santo Antonio dos Pretos”, diz. Além disso, o governo informa que mantém “regularmente” o pagamento dos professores.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Capes aprova novo mestrado profissional em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas na UFRB

O novo curso de Mestrado Profissional em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O curso contará com 15 vagas anuais e será ministrado no campus de Cachoeira.

Formar profissionais aptos a desenvolver de forma plena e inovadora o projeto de aplicação da Lei 11.645 de 2008, que torna obrigatório o ensino de História da África, da Cultura Afro-Brasileira e da História Indígena, é um dos objetivos do curso. “Em 2013, completa dez anos da referida Lei que obriga que os currículos da educação básica incluam a História e Cultura da África e dos Afro-brasileiros. Logo, a aprovação desse curso representa uma conquista em relação ao propósito de contribuir com esse Projeto de Educação das Relações Étnico Raciais”, aponta o professor Claúdio Orlando, um dos coordenadores do projeto.

O curso de pós-graduação lato sensu foi formulado a partir das experiências dos membros do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) do Recôncavo da Bahia ao realizar o Curso de Especialização em História da África, da Cultura Afro-Brasileira e Africana. Nele, foram reunidos cerca de 170 professores das redes de ensino público dos municípios de Santo Amaro, Cachoeira, São Félix, Muritiba, Cruz das Almas, Amargosa, Mutuípe e Brejões. “A partir da experiência da especialização, os membros do NEAB e professores do Curso de História do CAHL enviaram a Apresentação de Propostas de Cursos Novos (APCN) do Curso de Mestrado Profissional para a Capes”, relata o coordenador do NEAB, professor Antonio Liberac.

“O Mestrado representa um avanço para formação e pesquisa no campo da História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas, ao tempo que amplia o comprometimento da UFRB em relação à formação de estudantes egressos das graduações, dos professores que estão concluindo o curso de especialização realizado pelo NEAB, e demais interessados na temática”, aponta Claudio Orlando. Das vagas disponíveis, 50% serão para atender professores das redes de ensino estadual e municipais e 10% para servidores técnicos-administrativos, as demais são para livre concorrência.

Além de Orlando e Liberac, os professores Rosy de Oliveira, Sergio Guerra, Emanoel Soares, Juvenal de Carvalho, Rita Dias, Leandro Almeida, Osmundo Pinho, Walter Fraga e outros nomes atuaram juntos na elaboração do projeto que contou ainda com a apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação. O Curso foi estruturado com corpo docente formado por 19 professores, dos quais 16 doutores e 3 mestres. A previsão de oferta do curso é o primeiro semestre letivo de 2014.

Fonte: Secretaria de Promoção da Igualdade Racial - BA

Apenas um pênis - Veja o namorado de Sam de Icarly

Circulando pelo Facebook alguém compartilhou um aleatório link sobre o relacionamento da atriz Jennette McCurdy, do antigo seriado infanto-juvenil Icarly. Nem nome o jovem tem, mas em outra coisa pensaram pra ele.


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Brancos nos vendo como a única coisa que eles sempre nos veem, apenas um órgão sexual.



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Advogado preso no último sábado fala sobre agressão da Guarda Municipal

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Violência obstétrica, você não vê, mas elas sentem


A violência obstétrica é um fantasma na vida de muitas mulheres: segundo um estudo realizado pela Pública, uma em cada quatro brasileiras já sofreu com esse tipo de agressão. A violência não é só o ato físico. A verbal pode ser grave e  deixa marcas. Muitas mães não denunciam ou até acham que abusos e agressões são normais.

Uma enfermeira que trabalha em Foz do Iguaçu conta que os profissionais que trabalham no centro obstétrico comentam sobre a “fama” dos médicos. “As médicas mulheres são as mais estúpidas. Os obstetras são mais atenciosos e cuidadosos, mas também cometem alguns equívocos. Muita gente não está preparada para lidar com essas pessoas passando por esse tipo de dor, fazem o procedimento correto mas não sabem como tratar a gestante”.

Há números e casos que comprovam toda essa situação: de seis entrevistadas, apenas uma não sofreu nenhum tipo de agressão. Acompanhe três dos casos mais marcantes.

Três gestações, três traumas


L.V realizou três partos normais por plano de saúde. Teve problemas para engravidar na primeira gestação, e escutou de sua ginecologista que se engravidasse perderia seu filho ou morreria. Em sua segunda gravidez, aguentou os tons de deboche de uma auxiliar de enfermagem. “Imagina quando estiver na hora do parto” foi o que ouviu quando estava com a cabeça de sua filha coroando. Mas foi seu terceiro parto que a deixou marcada físico e psicologicamente.

“Quando cheguei no hospital, me perguntaram se queria ligar para o meu médico. Avisaram que ele demoraria três horas para chegar. Como estava com contrações fortes, preferi a médica que estava de plantão. Ela também queria fazer meu parto em seu plantão, pois ganharia mais com isso. Para forçar meu bebê a nascer, ela enfiou o fórceps várias vezes seguidas. Após minha segunda filha nascer, tive meu útero retirado do meu corpo, costurado e colocado de volta, para conter uma hemorragia devido aos inúmeros cortes. Quando meu médico soube do que aconteceu, deu socos na mesa do seu consultório. Na semana seguinte, ela foi denunciada ao Conselho Regional de Medicina e foi mandada embora do hospital em que fui atendida.”

Quartos coletivos do SUS



C.B é mãe de duas meninas, uma com 11 e outra com 13. Ambos os partos (cesáreas) foram realizados pelo Sistema Único de Saúde. No texto a seguir, ela conta como foi o parto da sua primeira filha.

“Tive um trabalho de parto normal, de 12 horas seguidas. Eu havia ido ao hospital duas vezes no mesmo dia, o médico fez o toque e não havia dilatação. Na terceira vez que eu fui ele concordou em fazer cesárea, porque o trabalho de parto já tava demorando muito tempo. A parte clínica foi tranquila, a equipe era completa. O problema todo começou depois da cirurgia. Te mandam pra uma sala de recuperação da anestesia, e quando dá aproximadamente três horas, que é o tempo de recuperação da anestesia, a enfermeira só verifica se você tem sensibilidade nos pés e daí você já sai da sala direto pro quarto.Você passa em frente ao berçário, as suas pernas ainda estão abertas (meio anestesiadas) e colocam o neném no meio. Aí os enfermeiros me tiraram da maca e colocaram na cama, sem dar as 12 horas que o médico recomenda. E dali você tem que se virar e contar muitas vezes com a solidariedade das pessoas, porque no SUS os quartos são coletivos, então tinha uma moça que havia tido parto normal e me auxiliou: eu dava de mamar pra minha de um lado, e quando eu precisava trocar, ela que também havia tido uma filha, de parto normal, levantava da cama dela e trocava a neném de lado pra mim. Até mesmo me virar, era muito dolorido, muito difícil. Eu senti nos meus dois pós-partos um desespero muito grande, talvez por causa da anestesia.”

Me esqueceram


Daiana F. Martins passou 24h em trabalho de parto. Ficou sozinha no quarto com outras mães, sem direito a acompanhante. Foi esquecida na ducha pela enfermeira durante 2h, e só saiu de lá porque outra gestante que estava em pré-parto lhe ajudou. Quando já estava em trabalho de parto, pediu ajuda às auxiliares de enfermagem que estavam jogando baralho em uma mesa ao seu lado. Foi acusada de tumultuar e assustar as outras mães que estavam com ela. Quando o médico finalmente veio e foi examiná-la viu que o neném já estava coroando. Para levantar da maca, ela tentou apoiar em uma das auxiliares e escutou dela um “não me encosta”. Confira a história completa:



Leis

 Em junho de 2000, foi estabelecida a Portaria n.º 569 que diz que “o acesso das gestantes e recém-nascidos a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto, puerpério e período neonatal são direitos inalienáveis da cidadania”

Em 2005, entrou em vigor a lei n° 11.108, que obriga os sistemas de saúde (privados e SUS) a permitir a presença de um acompanhante (indicado pela parturiente) durante o trabalho de parto, no parto ou pós parto.

 Cesariana

 A cesárea é um procedimento mais rápido e mais rentável que o parto normal para o profissional que realizará o procedimento. A imposição da cesariana tem sido encarada como uma forma de violência. O risco de morrer durante a operação é quase quatro vezes maior que no parto normal. O Brasil é o campeão mundial nesse tipo de cirurgia (52%).

Muitos médicos manipulam e incentivam as gestantes a fazer este procedimento no pré-natal. Conselhos de saúde e estudiosos chamam a atenção para o fato de que o feto não possui “hora marcada” para nascer. O corpo da mulher dá os sinais com contrações e o rompimento da bolsa, por isso, a cesariana deveria ser uma medida de emergência e não um método usual.

Parto humanizado

A Rede Humaniza SUS (RHS) é uma rede social para pessoas que estão interessadas em humanizar a gestão e o cuidado no Sistema Único de Saúde. Em 2001, surgiu o PNHAH (Programa Nacional de Humanização do Atendimento Hospitalar) que, em 2003, virou a PNH (Política Nacional de Humanização). Esta política incentiva e instrui seus profissionais para que eles possam atender os pacientes com qualidade e respeito.

Assim como outros procedimentos, há o parto humanizado. Nele, as gestantes são as protagonistas: escolhem a posição que desejam ter seu filho e têm direito assegurado a um acompanhante em todas as fases (pré parto, parto e pós parto).  Esta ação visa garantir que a mulher não tenha seus direitos (estabelecidos na Portaria n.º 569) violados no sistema público de saúde.

O que elas escutam

Foi realizada uma pesquisa pela Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo com gestantes que realizaram seus partos em rede pública. As frases mais ouvidas durante o parto foram:

Não chora que ano que vem você está aqui de novo (15%);
Na hora de fazer não chorou/não chamou a mamãe, por que está chorando agora? (14%);
Se gritar eu paro agora o que estou fazendo, não vou te atender (6%);
Se ficar gritando vai fazer mal pro seu neném, seu neném vai nascer surdo (5%).


 
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