quinta-feira, 29 de maio de 2014

Marcha do Axé afro-maranhense!!!!



O evento propõe solidarizar-se com o povo de Axé do Candomblé e Umbanda brasileira. Objetiva reunir forças contra a intolerância religiosa e os preconceitos direcionados as manifestações culturais e aos saberes do Povo negro. 

O movimento é um repúdio ao Juiz da 17ª Vara de Fazenda Federal do Rio de Janeiro, Eugênio Rosa de Araújo, que em sentença negativa dada na ação movida pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro que pedia retirada do YouTube de 15 vídeos considerados ofensivos à umbanda e ao candomblé acabou ele mesmo se colocando de maneira racista dizendo que as religiões de matriz africana não podem ser consideradas religiões.

A marcha havia sido marcada inicialmente para esta quinta, 28/05, mas a greve integral do transporte coletivo de São Luís inviabilizou o movimento, que foi reagendado.

Marcha do Axé afro-maranhense. Sexta: 06/06, 18h na Praça Deodoro.

Evento no Facebook.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Poeta Maya Angelou morre aos 86 anos nos Estados Unidos

Ela era ativista por direitos civis e foi condecorada por Obama em 2010. 
Escritora foi ícone da literatura no país; ela foi achada morta nesta quarta.

A poeta e ativista Maya Angelou participa da Convenção Nacional do Partido Democrata em Boston em 27 de julho de 2004 (Foto: Gary Hershorn/Reuters)

A poeta Maya Angelou morreu, aos 86 anos, anunciou a Universidade de Wake Forest na manhã desta quarta-feira (28). Ela foi encontrada morta por sua enfermeira, e a causa não foi divulgada. Também era conhecida como ativista pela igualdade racial, ela trabalhou com Martin Luther King e Malcom X, informa seu perfil no site Poetry Foundation. 
Admirada por diversos músicos, Maya leu um poema chamado "We had him" no funeral de Michael Jackson, em 2009. Ela também influenciou cantores como Steven Tyler, Fiona Apple e Kanye West. A apresentadora Oprah Winfrey considerava Maya sua mentora.

Maya Angelou nasceu em St. Louis, Missouri, nos EUA. Ela também trabalhou como cantora, dançarina, atriz, dramaturga e compositora. A artista ganhou o Grammy e outros prêmios em diversas áreas artísticas. Ela teve uma infância pobre, na época de alta segregação racial nos EUA. Ainda aos 17 anos, ela se formou na escola e teve um filho, Guy. Nesta época, começou a trabalhar e foi a primeira motorista negra em San Francisco, segundo o Poetry Foundation.

Como escritora, sua obra tem forte marca autobiográfica. Maya foi aclamada já em seu primeiro livro, a autobiografia "I know why the caged bird sings" (1969), que fez dela uma das primeiras escritoras negras a ter um best-seller nos Estados Unidos.

Na obra, ela se lembra de que, quando tinha apenas sete anos de idade, foi estuprada pelo namorado da mãe. O homem acabou sendo morto pelos tios de Maya, que se sentiu responsável pelo desfecho do episódio e passou os próximos cinco anos sem falar qualquer palavra.

Maya Angelou recebe a Presidential Medal of
Freedom das mãos de Barack Obama
(Foto: Larry Downing/Reuters)



Presidentes

Maya Angelou fez parte do comitê de dois presidentes dos Estados Unidos: Gerald Ford em 1975 e Jimmy Carter em 1977. Em 2000, ela recebeu a Medalha Nacional das Artes do então presidente do país, Bill Clinton. Em 2010, foi recebeu, das mãos do presidente dos EUA, Barack Obama, a mais alta condecoração civil americana, a "Presidential Medal of Freedom".

Em seu discurso na cerimônia, Obama afirmou: "Com sua poesia ascendente, sua prosa elevada e seu domínio de diversas formas de arte, a doutora Angelou falou à consciência da nossa nação. Suas palavras comoventes nos ensinaram como alcançar [o que queremos] mesmo em meio ao separatismo e honraram a beleza de nosso mundo".

No início de sua fala, Obama lembrou-se da história trágica de Maya e de como a autora foi uma influência em sua família. "Quando era uma garotinha,  Marguerite Ann Johnson sofreu trauma e abuso, que a levaram a  ficar muda", afirmou. "Mas, como performer, e finalmente como escritora, poeta, Maya Angelou encontrou a sua voz própria. É uma voz que falou a milhões, incluindo minha mãe, e esse é o motivo pelo qual minha irmã recebeu o nome de Maya."

'Emergência médica'

Nesta segunda-feira (26), em seu perfil no Facebook, a artista escreveu que teve um problema de saúde, sem no entanto especificá-lo: "Uma inesperada emergência médica me causou grande desapontamento por ter de cancelar minha visita ao jogo comemorativo pelos Direitos Civis da Major League Baseball [liga profissional de beisebol dos EUA]. Estou muito orgulhosa de ter sido escolhida como homenageada. No entanto, os médicos me disseram que não seria aconselhável viajar naquele momento. Meu obrigado a Robin Roberts por falar por mim e e obrigado a vocês por todas as suas oprações. Estou melhor a cada dia".

Autobiografias

Depois de "I know why the caged bird sings", que abarca o período até seus 17 anos de idade, Maya publicou outros seis volumes de sua autobiografia: "Gather together in my name" (1974), "Singin' and swingin' and gettin' merry like Christmas" (1976), "The heart of a woman" (1981), "All God's children need traveling shoes" (1986), "A song flung up to heaven" (2002) e "Mom & me & mom (2013).

A artista foi escolhida por Bill Clinton para ler sua primeira cerimônia de posse, em 1993. O texto original lido foi "On the pulse of morning", que também se tornou um best-seller.

Fonte: G1.com

terça-feira, 20 de maio de 2014

Juiz racista finge arrependimento, mas mantém decisão a favor do preconceito religioso

Juiz da 17ª Vara de Fazenda Federal do Rio de Janeiro, Eugênio Rosa de Araújo, reviu os fundamentos da sentença em que havia declarado que candomblé e umbanda não se tratam de religiões e sim de cultos. A mudança de postura foi anunciada no início da noite desta terça-feira (20) em nota divulgada pela assessoria de imprensa da Justiça Federal do Rio de Janeiro. No texto em que admite o erro e modifica parte do conteúdo da sentença, ele afirma que “o forte apoio dado pela mídia e pela sociedade civil, demonstra, por si só, e de forma inquestionável, a crença no culto de tais religiões”.

Eugênio Rosa, que havia sido alvo de pesadas críticas pela declaração inicial, reforça que está promovendo uma “adequação argumentativa para registrar a percepção deste Juízo de se tratarem os cultos afro-brasileiros de religiões”. Em outro trecho do novo texto, ao falar sobre religiões, ele justifica que “suas liturgias, deidade e texto base são elementos que podem se cristalizar, de forma nem sempre homogênea”. Na sentença original, o magistrado havia sustentado que, para ser considerada religião, uma doutrina tem que seguir um livro-base, como o Corão ou a Bíblia, por exemplo, o que não acontecia, segundo ele, com as crenças de matrizes africanas.

Ele não muda, no entanto, o teor da sentença em si. O magistrado reitera a negativa dada na ação movida pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro que pedia retirada do YouTube de 15 vídeos considerados ofensivos à umbanda e ao candomblé. Na mesma nota, via assessoria, o juiz federal informa que “manteve o indeferimento da liminar pela retirada dos vídeos no Google postados pela Igreja Universal e esclarece que sua decisão teve como fundamento a liberdade de expressão e de reunião”.

O autor da ação movida pelo Ministério Público Federal que pedia a retirada dos vídeos de circulação, o advogado e babalorixá Márcio de Jagun, recebeu bem a notícia. Para ele, a sociedade civil mostrou sua união e as religiões de matriz africana demonstraram que “têm força não apenas social, mas também política”. Ele ponderou, no entanto:

- O reconhecimento do erro é sempre bem-vindo, mas o ideal é que ele não fosse resultante especificamente da pressão popular e que o Poder Público reconhecesse a cultura nacional como parte de seus instrumentos. E, sabemos, a religiosidade é sempre parte da cultura. Mais felizes nós ficaríamos se ele reconhecesse que os vídeos deveriam ser retirados.

Segundo Márcio de Jagun, o ato público marcado para as 17h desta quarta-feira (21), na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio, para discutir a postura judicial, não será desmobilizado em função da mudança de postura do juiz. A intenção, agora, segundo os organizadores do evento, é avaliar as melhores formas de agir para que os vídeos sejam suspensos do YouTube.

Via: O Globo

Perfil na internet satiriza preconceito com empregadas domésticas


"Dei uma echarpe Prada para minha empregada e a anta mexicana usou como pano de chão. Que lástima." "Minha empregada é muito burra, às vezes tenho vontade de tirar essas banhas dela com uma faca de cozinha." "Minha empregada não chega, disse que está sem ônibus, minha casa está imunda, vadia, vem andando."

Acredite ou não, essas frases são reais e foram postadas publicamente no Twitter. Mas o que os autores não esperavam era que um perfil recém-criado na rede trouxesse visiblidade ao preconceito contra as empregadas domésticas.

"Meu objetivo com a página é apontar o racismo e o preconceito. Muitas vezes as pessoas nem percebem que estão sendo preconceituosas e a ideia é ajudá-las a se ligarem nisso", disse à BBC Brasil o criador da página @aminhaempregada, que em 48 horas ganhou mais de 2,6 mil seguidores na rede social.

Profissional de marketing, o dono do perfil tem 33 anos, mora em São Paulo, mas prefere não se identificar. "Não quero ganhar louros com essa história", afirma.

Ele também garante que esta não é uma campanha profissional, como a #somostodosmacacos, lançada pelo jogador Neymar nas redes sociais. Na ocasião, o que inicialmente parecia uma atitude espontânea se mostrou uma ação arquitetada por uma agência de publicidade.

"Não tem nada de profissional aqui. Minha motivação é pessoal", assegura.

Buscas

Durante semanas, o autor da página fez buscas com os termos "minha empregada" junto a palavras-chave como "burra" ou "nordestina".

"Fiquei assustado com o que encontrei. As pessoas dão esse tipo de declaração em um espaço público como o Twitter, sem controle nenhum."

Com a descrição "A chibatada é serventia da casa (contém ironia e tristeza)", o perfil retuíta mensagens postadas por pessoas de todo o Brasil.

É o caso de um jovem de Recife, que na semana passada escreveu: "Vou pegar o Nokia da minha empregada e dar um rolé, pelo menos não vou ser abordado".

Ou de uma menina de São Paulo, que postou "Mano, a paraiba da minha empregada derrubou o meu jardim zen. To p***, sérioo, nao acredito".

O criador da página afirma que não recebeu nenhuma resposta ou reclamação das pessoas expostas em @aminhaempregada.

Uma busca simples no Twitter permite encontrar algumas demonstrações públicas de apoio ao perfil. "O pior de tudo é ver que a maiorias dos racistinhas e preconceituosos são jovens, que futuro nos espera?"; "@aminhaempregada nos brinda com a verdadeira face do brasileiro. Ótimo para quem duvida da existência do preconceito" e "Sou filho de empregada e vendo os RTS do @aminhaempregada só vejo que tenho que cada vez melhorar minha postura e lutar", por exemplo.

Projeto de lei

O Projeto de Lei Complementar 302/13, que regulamenta os direitos e deveres do empregado doméstico no Brasil, tramita há quase um ano na Câmara dos Deputados.

Segundo o órgão, a última ação legislativa ligada ao tema aconteceu no final de abril, quando a pauta foi enviada ao Senado para "que seja proferido parecer às Emendas do Plenário".

Pagamento de horas extras, seguro contra acidente de trabalho, adicional noturno, indenização por demissão sem justa causa e seguro-desemprego são alguns dos benefícios que passam a ser obrigatórios em contrato. O projeto também restringe o trabalho doméstico para maiores de 18 anos e a carga horária em, no máximo, 44 horas semanais.

Fonte: BBC Brasil
Sugestão: Beatriz Palmeira

II Fórum Estadual de Educação e Diversidade Étnico-racial do Maranhão

A Coordenação do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico- Racial do Estado do Maranhão - FEDERMA e a Secretaria de Educação do Estado do Maranhão- SEDUC - MA, estarão promovendo o II Fórum Estadual de Educação e Diversidade Étnico-racial, que acontecerá nos dias 28, 29 e 30 de maio de 2014, no auditório da FUNDAÇÃO DA MEMÓRIA REPUBLICANA (CONVENTODAS MERCES) Bairro: do Desterro São Luís-MA. Neste sentido vimos através deste, convidar V.S. para participar do referido evento.

Certo de poder contar com vossa participação, manifestamos votos de estima e elevada consideração. Favor confirmar participação, através dos contatos abaixo: E-mail: federma20@hotmail.com / botelho@ifma.edu.br.

Respeitosamente,

João Batista Cardoso Botelho
Coord. Geral do FEDERMA.



segunda-feira, 19 de maio de 2014

CNJ deve investigar juiz que nega status de religião às religiões de matriz africana



Líderes do movimento negro e parlamentares pedirão ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que investigue o juiz Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal do Rio. Ele causou revolta ao afirmar que a Umbanda e o Candomblé não são religiões. 

Em decisão do último dia 28, o magistrado considerou que as crenças afro-brasileiras “não contêm os traços necessários de uma religião” e indeferiu pedido de retirada do ar de vídeos no YouTube com características discriminatórias e difamadoras.

O deputado Edson Santos (PT-RJ), ex-ministro da Igualdade Racial, acusou o juiz de estimular o preconceito contra os cultos afro-brasileiros e defendeu que ele seja alvo de representação no CNJ.  “A decisão foi absurda e lamentável, porque fere a Constituição. Na prática, o juiz pode dificultar que as religiões de origem africana tenham acesso aos mesmos direitos das outras, como o Cristianismo e o Judaísmo”, disse.

O petista também quer que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara convide o juiz a se explicar. No Rio, entidades do movimento negro organizam um protesto contra a decisão judicial para a próxima quarta (21), em local a definir.

“Se o juiz tivesse simplesmente negado que havia ofensa nos vídeos, já seria lamentável, mas ele foi além. Resolveu ditar o que seria ou não uma religião, o que nos pareceu um absurdo”, afirmou o procurador Jaime Mitropoulos. Procurado, o juiz Eugênio Rosa de Araújo preferiu não comentar sua decisão.

domingo, 4 de maio de 2014

Negros são menos de 18% dos médicos e não chegam a 30% dos professores universitários

Apesar de majoritária entre os brasileiros, população negra ainda responde por 30% do funcionalismo, segundo pesquisa da UFRJ; sucesso nos concursos, mesmo com as cotas, depende de mais investimentos na educação pública


São Paulo – A população negra, que responde por 50,7% dos brasileiros conforme o Censo 2010 do IBGE, ocupa apenas em torno de 30% do funcionalismo brasileiro nas esferas federal, estaduais e municipais. A informação é dos pesquisadores do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser), do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em 2010, dos pouco mais de 180 mil funcionários públicos estatutários que ocupavam posições de diretores e gerentes, a maioria era branca: 64,1%. Os pretos e pardos, 34,8%.

Entre os profissionais das áreas científicas e intelectuais (1.600.486 estatutários), a participação de negros subia para 37,6%. Mas especificamente entre os médicos, esta proporção não chegava a um quinto, equivalendo a 17,6% do total. Entre os professores universitários, não alcançava um terço do total.

A participação negra, conforme os pesquisadores do Laeser, aumenta entre as ocupações de menor prestígio e remuneração. Entre os profissionais técnicos e de nível médio correspondiam a 44,5%. Já entre os empregados em ocupações elementares, o percentual era de 60,2%, aumentando entre os coletadores de lixo e de material reciclável: 70,2%.

Para os pesquisadores, as discrepâncias refletem as desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro como um todo. Assim, mesmo no setor privado, é habitual encontrar trabalhadores brancos em posições e grupamentos ocupacionais mais prestigiados e melhor remunerados. O inverso ocorre entre os trabalhadores pretos e pardos.


No final de abril, a comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou o Projeto de Lei 6.738/13, que reserva 20% das vagas em concursos públicos federais para afrodescendentes nos próximos dez anos. Em artigo divulgado esta semana, o Laeser considera que o PL é meritório em seus princípios fundamentadores. A justificativa é que, por conta das desigualdades nos anos médios de escolaridade, menor acesso a informação inclusive sobre concursos e a perspectiva de aprovação em concursos públicos.

No entanto, em artigo divulgado esta semana, o Laeser defende que é preciso saber diferenciar a necessidade de ampliação da presença relativa de pretos e pardos entre os funcionários públicos de todo o país e a efetiva capacidade do projeto para esse fim. Ou seja, o que se coloca é que este percentual (20%) se apresenta como modesto mesmo com essa população concorrendo ao mesmo tempo pelo sistema de reserva de vaga e o de ampla concorrência. 


Indicação: Ana Paula Corrêa

sexta-feira, 2 de maio de 2014

‘Se alguém me jogar banana, vou matá-lo’, diz Balotelli, sobre racismo

Atacante italiano se pronunciou após declarações de Sol Campbell, que alertou sobre manifestações racistas durante a Eurocopa

Balotelli frisou que não admitirá racismo durante a
Euro (Foto: Getty Images)

Uma das atrações da Itália na Eurocopa, que terá início no próximo dia 8 na Ucrânia e na Polônia, Mario Balotelli deixou claro que não admitirá manifestações racistas direcionadas a ele. Após as declarações do ex-zagueiro da seleção inglesa Sol Campbell, que defende um boicote à competição por esperar atitudes desse tipo, o atacante do Manchester City enfatizou que não pensará duas vezes se for provocado.

- Se alguém me jogar uma banana na rua ou no campo, eu serei preso, porque irei matá-lo – disparou Balotelli em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”.

O polêmico atacante do City já viveu episódios de racismo em sua carreira. Antes da Euro sub-21, em 2009, pessoas atiraram bananas em direção ao jogador que estava em um bar em Roma.

- Foi sorte a polícia ter chegado rápido, porque eu teria acabado com eles – enfatizou.

 
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