segunda-feira, 30 de maio de 2011
Liderança do Quilombo Charco sofre tentativa de assassinato no Maranhão
quarta-feira, 25 de maio de 2011
ABDIAS DO NASCIMENTO
Formação acadêmica
Cargos Eletivos e Executivos Exercidos
Atividades e Realizações Principais
domingo, 22 de maio de 2011
EUA: A Despedida de Oprah
Faltam mais três programas, e depois Tom Cruise vai ter que procurar um novo sofá para declarar seus amores: oOprah Winfrey Show chega ao fim na próxima quarta, 25 anos depois de sua estreia nacional. Na semana que vem, Oprah, 57, põe fim ao seu programa, o principal da tarde da TV americana e sem um concorrente que possa ser visto como um substituto provável para receber seus milhões de telespectadores.
De 1986 para cá, Oprah não só desbancou todos os rivais como também se tornou uma das celebridades mais influentes dos EUA. Também teve um raríssima penetração global para apresentadores americanos (alguém se lembra do bigodudo Geraldo Rivera, que chegou a passar no SBT?). O apoio dela à candidatura do então novato senador Barack Obama à presidência foi considerado um dos motores que impulsionaram a vitória do democrata em 2008.
Ainda que tenha perdido a liderança da lista da Forbes de celebridades mais poderosas, é improvável que a sua sucessora, Lady Gaga, consiga tal façanha. Aliás, os programas de segunda e terça serão uma coleção dessas celebridades: Cruise, Madonna, Will Smith e Michael Jordan estarão no palco em Chicago para se despedir da apresentadora. Até Maria Shriver apareceu no programa, gravado nesta semana, em meio ao escândalo da sua separação de Arnold Schwarzenegger.
Até o fechamento desta edição, o último programa era uma incógnita. A única dica é que será com o "convidado favorito de todos os tempos". Improvável, portanto, que seja David Letterman, com quem Oprah ficou de mal durante anos depois de ele zombar do nome dela.
Patrimônio
Apesar de ser exibido cinco dias por semana em 140 países, o programa perdeu audiência ao longo dos anos com a maior concorrência da TV a cabo e de outras mídias. Foi de uma média de 12,6 milhões de telespectadores nos anos 90 para 5,5 milhões na última temporada.
Além do patrimônio de US$ 2,7 bilhões, Oprah é dona do seu próprio canal de TV a cabo, o OWN (Oprah Winfrey Network), que estreou nos EUA neste ano. O canal deve ser o caminho dela, ainda que ela não tenha data para estrear o seu programa lá. No Brasil, o último episódio de Oprah Winfrey Show vai ao ar no GNT em 10 de junho, às 18h, com reapresentação às 23h15.
Fonte: Folha.com
sábado, 21 de maio de 2011
O verdadeiro Monteiro Lobato Por Francisco Antero Mendes Andrade em 17/5/2011 | |
A imagem criada em torno de Monteiro Lobato construída no século 20 sofreu nos últimos dois anos um golpe de efeito arrasador, quando o Ministério da Educação, provocado a se manifestar sobre o racismo incluso na obra Caçada de Pedrinho, propôs a inclusão de notas explicativas, bem como uma qualificação apropriada de educadores ao apresentarem o livro em sala de aula. Dentre as várias passagens racistas na obra, eis a seguinte: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou na árvore que nem uma macaca de carvão." Não se tratava de censura. Porém, operou-se uma verdadeira gritaria no meio acadêmico na medida em que defensores de Lobato atacaram o governo e demais contestadores da obra. A democracia racial se apresentava como de costume. A obra deveria ficar intacta, insistiam, e insistem. Para os democratas raciais, a obra estava perfeita em sua mensagem, o que os fazia acreditar – diziam e dizem! – na capacidade das crianças não levarem adiante aquilo que chamamos de bullying. A criança divide seu tempo entre o meio familiar e o meio escolar. Quando ambos não estão preparados para repassar valores que a criança levará consigo para o resto da vida, corre-se o perigo de se estar destruindo futuras gerações. E foi esta a situação provocada pelas mensagens subliminares negativas contidas em obras do escritor. Um sentimento de liberdade Neste ínterim, seus defensores em uníssono evocam tanto ser o contexto de uma época quanto ser apenas produto de ficção. Como se isso fosse uma generalidade entre os pensadores da primeira metade do século passado. Mas se tentam salvar a imagem do Lobato ficcionista, não têm o mesmo sucesso em relação ao Lobato que se relacionava com seus amigos por meio de cartas. E é nesta relação que tomamos conhecimento de um escritor até então desconhecido. Alguém que agregava à sua personalidade um ódio mortal aos negros. A sequência de cartas publicadas na revista Bravo! deste mês (maio de 2011) nos revela um criminoso conforme se observa a seguir: "País de mestiços, onde branco não tem força para organizar uma Kux-Klan (sic), é país perdido para altos destinos. [...] Um dia se fará justiça ao Ku-Klux-Klan; tivéssemos aí uma defesa desta ordem, que mantém o negro em seu lugar, e estaríamos hoje livres da peste da imprensa carioca – mulatinho fazendo jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destrói a capacidade construtiva" (carta enviada a Arthur Neiva em 10 de abril de 1928, pg. 26). Seus defensores alegam a distância temporal como causa de absolvição. Como se fosse possível absolver Hitler em meados do ano de 2036. O Estado racista brasileiro foi eficaz em sua missão de silenciar o grito de protesto de todos e todas. Este silêncio propiciou a Monteiro Lobato desfilar em carro aberto pelas ruas e avenidas do século 20. O discurso da democracia racial serviu como uma película protetora para proteger o pensamento vivo de Lobato. Foi preciso avançar no século seguinte para sentir o baque: Monteiro Lobato racista. Convém informar que Lobato escolheu seus leitores definitivos na década de 20, ou seja, os pequenos. Sua literatura de ficção para adultos não encontrava acolhida esperada e foi nos pequenos o terreno fértil. Felizmente, a história não é estática. Tanto não é estática que estamos aqui divulgando este Monteiro, este Lobato, o verdadeiro. Muitos dos leitores e leitoras, de todas as cores, após os últimos acontecimentos, transitarão de um sentimento a outro em relação a Lobato – eu diria um sentimento de liberdade – e poderão contribuir com a divulgação da verdade a partir deste mês de maio de 2011. Fonte: Observatório da Imprensa. |
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Empresa paulista seleciona a partir da cor da “cútis”
Clientes que procuram empregados domésticos têm a opção de exigir pessoas brancas ou negras. Deputado vai acionar a Federal
Sede da Resilar fica em prédio de dois andares, na Zona Sul de São Paulo | Foto: Daniel Ramalho / Agência O Dia
De acordo com pesquisa do IBGE, cerca de 7 milhões de brasileiras desempenham a função de empregadas domésticas, sendo que 73,8% do total não têm carteira assinada. A maioria é negra.
Ex-ministro da Igualdade Racial garante: é racismo
Procurado por O DIA, o deputado federal Edson Santos (PT), ex-ministro da Igualdade Racial, disse que vai protocolar denúncia de racismo contra a Resilar na Polícia Federal. Ele também vai denunciar o caso no Ministério Público Estadual de São Paulo, e falou que abordará o assunto na reunião de hoje, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em Brasília.
O deputado viu com tristeza o critério usado na seleção dos funcionários. Ele disse que, agindo desta forma, a empresa deixa de oferecer emprego a grande parte da população. “As empregadas domésticas são, geralmente, pessoas muito humildes. E a maioria é negra. Com certeza, uma parcela grande destas profissionais está ficando fora do mercado de trabalho devido à questão racial.”
O DIA: É da Resilar?
ATENDENTE: Isso
Pois não, pode falar.
Não, aqui temos empregados domésticos de modo geral. Tanto diarista, quanto arrumadeira, passadeira, copeira, serviços gerais e empregadas domésticas.
A Resilar tem 40 anos de tradição nessa área. Há cadastros de funcionários qualificados há mais de um ano na empresa, e a gente já tem bancos de dados de profissionais. Então, você abre a solicitação, eu verifico no banco de dados que eu tenho aqui, que é o da empresa e o pessoal, e vejo se encaixou o perfil. Se encaixar, eu aviso ao senhor, e o senhor entrevista aqui ou onde o senhor estiver. Se for para trabalhar no Rio de Janeiro, não vou abrir a solicitação.
Aí, tem um cadastro parcial, mas, se o senhor quiser me passar mais detalhes por telefone, eu acho mais viável, porque tem algumas coisas que a gente precisa perguntar para vocês e que são necessárias para a seleção sair corretamente.
Exatamente.
Eu faço a seleção aqui da seguinte maneira: o senhor abre a sua solicitação, eu faço o seu cadastro inicialmente, confirmando telefone, endereço, o que é norma da empresa. A pessoa que for selecionada dentro do perfil que o senhor me passar, todas elas já estão com referência, antecedentes indicados. Ou o senhor entrevista aqui na agência de uma vez ou recebe elas onde achar melhor. Pelo perfil, o senhor vai passar justamente os detalhes. Se gosta de alta, baixa, gorda, magra, feia, bonita, e vamos escolher pelo perfil da pessoa, baseado naquilo que o senhor me passou.
Por exemplo, se o senhor precisa de uma empregada, o senhor precisa me passar tudo. E também o nome completo da empregadora, endereço, telefone e local da entrevista. Sobre a empregada, o senhor tem que me dizer o serviço que ela vai exercer na residência, a idade, alguma preferência de etnia, alguma coisa assim. A pessoa tem que me falar também, senão vai constranger ambos.
A senhora pergunta antes para não constranger, né?
Para evitar um constrangimento tanto para você quanto para ela, tipo assim, pessoas de um tipo, eu mando de outro, então já pergunto tudo para evitar isso.
Não, não trabalhamos com fotos. O senhor já vai me dizer o tipo da pessoa para a gente responder. Não mandamos fotos de ninguém por e-mail.
Eu vou selecioná-las e vou chamá-las aqui na agência. O senhor vai vir até aqui, se for o caso, e vai entrevistá-las aqui na agência. Tem uma sala individual, o senhor vai entrevistar uma de cada vez. Depois do término, o senhor vai me dizer qual delas selecionou.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Crimes do Vaticano - Escravidão em nome de Deus
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O Brasil comemorou nesta semana o fim da escravidão no país. Para falar sobre o assunto, repórteres da Record fizeram, em dois meses, uma grande matéria mostrando lugares e documentos que registraram esta triste história responsável, até os dias de hoje, por grandes problemas na sociedade brasileira e de países africanos.
Alguns dizem que a Bíblia é a palavra de Deus (ou inspirada por), vamos consultar a Bíblia sobre a questão de escravos.
''Cada pessoa tem que ser submissa às autoridades, já que as que existem vieram ou foram estabelecidas por Deus''.
- Romanos 13:1
''Escravos, obedecei em tudo aos vossos senhores terrenos, não só sob o seu olhar, como se os servísseis para agradar aos homens, mas com simplicidade de coração, por temor de Deus''.
- Colossenses 3:22
''Servos, sedes submissos, com todo o temor aos senhores, não só aos bons e humanitários, mas também aos maus''.
- I Pedro 2:18
''O Senhor manda amar uma mulher infiel como Deus ama os filhos de israel, que se voltam para outros deuses e gostam das tortas de uvas passas''.
- Oséias 3:1
''Todos os escravos devem considerar os seus senhores dignos de toda a honra, para que não se fale mal do nome de Deus''.
- I Timóteo 6:1
''Escravos, obedeçam aos vossos senhores''.
- Efésios 6:5
''Os escravos devem estar submissos em tudo aos senhores. Que lhes sejam agradáveis, não os contradigam, não roubem''.
- Tito 2:9-10
''Se alguém ferir seu escravo ou sua escrava com um bastão e morrer sob suas mãos, seja punido severamente, mas se sobreviver um ou dois dias, não seja punido, porque é seu dinheiro''.
- Êxodo 21:20-21
''Quando comprares um escravo hebreu, servir-te-á seis anos, mas ao sétimo sairá livre e gratuitamente. Se entrou sozinho, sozinho sairá; se estava casado, sua esposa sairá com ele. Se seu amo lhe tiver esposa, e esta lhe tiver dado à luz filhos ou filhas, a mulher e os filhos serão de seu amo e ele sairá sozinho. Se o escravo, porém, disser: 'Amo meu senhor, minha esposa e meus filhos; não quero sair livre', então seu senhor o levará diante de Deus, fá-lo-á aproximar-se da porta ou do umbrau da mesma e lhe furará a orelha com uma sovela, e ficará seu escravo para sempre''.
- Êxodo 21:2-6
quinta-feira, 12 de maio de 2011
A lição dos cotistas médicos da Uerj
O próximo grande julgamento do Supremo Tribunal Federal poderá ser o da constitucionalidade das cotas nas universidades públicas brasileiras. Já se conhece o voto do ministro-relator, Carlos Ayres Britto, a favor.
Está aí um caso em que a lentidão do Judiciário serviu para limpar o debate, impondo-lhe fatos da realidade. Quando ele começou, em 1999, valia tudo. As cotas seriam uma coisa "escalafobética", medida "para inglês ver". Degradariam as universidades levando-lhes alunos despreparados que não concluiriam os cursos. Pior: abririam as portas para o ódio racial.
Passaram-se 12 anos, 70 das 98 universidades públicas adotaram algum tipo de cota, sobretudo para alunos vindos de escolas públicas. Entre elas, 40 abriram vagas para estudantes descendentes de escravos ou índios. O ódio racial continuou onde sempre esteve, na cabeça de quem o tem.
A repórter Márcia Vieira radiografou a turma de 94 alunos que se formou em Medicina na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Entre eles há 43 médicos que só chegaram ao curso superior porque a Assembleia Legislativa criou um regime de cotas. Evasão? Quatro para cada grupo.
O apocalipse ficou para outra ocasião. Essa conversa é antiga. Nos debates da Abolição, o Visconde de Sinimbu avisava: "Brincam com fogo os tais negrófilos". As cotas seriam constrangedoras para os negros. Tudo bem, segundo o romancista José de Alencar, a Lei do Ventre Livre também lhes seria prejudicial, verdadeira "Lei de Herodes". Como dizia o Visconde de Sinimbu, "a escravidão é conveniente, mesmo em bem ao escravo". Só os cativos e os negrófilos não entendiam isso.
Em alguns casos, como o da Uerj, as universidades cumprem leis estaduais. Em outros, cada uma exerce sua autonomia e desenha a própria política. A maioria das escolas ficou na norma autodeclaratória. Se o jovem se declarou carente e passa férias em Ibiza (como já sucedeu na Uerj), ou se um louro de olhos azuis diz que é pardo, ambos são vigaristas. A política que fraudou nada tem a ver com isso. A exposição pública dos delinquentes e a imposição do risco de expulsão seriam bom remédio.
Ainda no caso da Uerj, dois números indicam que a defesa das cotas deve se afastar de situações irracionais. Ela segue um sistema criado pela Assembleia Legislativa que, pura e simplesmente, fixou percentagens para a linha de chegada. Por exemplo: 45% das vagas devem ir para alunos que comprovem renda per capita inferior a R$ 960,00 na família. Isso fez com que a relação candidato/vaga no vestibular fosse de 5,33 para os cotistas e de 55,8 para os demais. Resultado: para ser admitido, um não cotista precisou tirar pelo menos 75,75 pontos. Ao cotista bastaram 41,5. Sempre haverá um não cotista com nota superior à de um candidato que foi beneficiado pela iniciativa, pois a política de cotas é um generoso incentivo à inclusão. Contudo, diferenças desse tamanho resultam numa exclusão difícil de ser explicada. A distância entre o barrado e o admitido - 34,25 pontos - foi quase do tamanho da nota do cotista.
Como resolver? Estabelecendo que a distância entre a nota de um não cotista barrado e a de um cotista admitido não poderá ser superior a um determinado número de pontos. Dez? 15? 20?
A evasão foi irrelevante, o ódio racial não apareceu e as cotas levaram mais negros e pardos ao curso superior.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
13 de maio – Jornada Brasileirafro celebra a data no Rio de Janeiro
Serviço
Quando: 13 de maio
Horário: A partir das 09h30
Onde: Centro Universitário Augusto Mota (UNISUAM)
Endereço: AV. Paris, Nº 72, Bonsucesso – Rio de Janeiro/RJ
Programação
Carlos Alberto Figueiredo (Pró-Reitor de Ensino da Unisuam)
Jorge França (Pesquisador/ Mestrado V)
Eloi Ferreira de Araújo (Presidente da Fundação Cultural dos Palmares)
Eloi Ferreira de Araújo (Presidente da Fundação Cultural dos Palmares)
Coordenação: Maria Angélica Oliveira Gabriel
Componentes:
Dr. Jorge França (Pesquisador da Unisuam)
Dr. Nilton Sousa da Silva (Coordenador do Labpsiafro/ UFRRJ)
Auditório Prof. Amarina Motta.
12 a 13h – Roda de capoeiraPátio Descoberto
13 a 14h – Apresentação de pôsteresPátio Coberto
Igreja de negros: Ms. Reinaldo Bernades Tavares
Cantando a história do samba: Ms. Cláudio Honorato
Roda de conversa sobre “O racismo à brasileira”
Grupo de dança Akoni: Comunidade do Vidigal
Auditório Prof. Amarina Motta
Coordenação: Vera Negri (Unisuam)
Palestrantes: Dulce Mendes de Vasconcellos (Literaturas Afrobrasileiras) e Alexsandra Machado (Literaturas Africanas de Língua Portuguesa).