quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Alunas de escola pública sofrem injúria e discriminação racial na XV Bienal do Livro – RJ

Mais um caso de racismo aberto chega ao nosso conhecimento no facebook. Dessa vez o caso aconteceu com alunas do Colégio Estadual Guilherme Briggs, de Niterói no stand de livros  Editora Abril/Veja, na XV Bienal do Livro no Rio de Janeiro.
A cada dia mais e mais casos de jovens e pessoas negras em várias situacoes e locais do Brasil estao sendo atacadas por racistas.
E importante, além das denúncias massivas abertas e públicas, acionarmos cada vez mais os órgaos competentes, delegacias e polícias e o judiciário.  Nao podemos mais deixar passar  essas situacoes que atentam frontalmente contra aos nossos direitos, auto-estima e cidadania. Nao somos cidadaos e cidadas de segunda classe. Isso deve ficar claro para todo mundo no Brasil.
Ras Adauto Berlin
====================================================================================
Mas vamos ao caso, postado por Jorge Zulu:
“Alunas de escola pública sofrem injúria e discriminação racial na XV Bienal do Livro – RJ
“Não vou dar senha porque não gosto de mulheres negras”, “Você é favelada e preta de cabelo duro”.
Uma das piores formas de discriminação é a feita em função da origem étnica, atingindo a dignidade e integridade do outro.
Isso aconteceu ontem, 05/09, na XV Bienal do Livro – RJ, no Riocentro, quando durante a visitação de alunos o Colégio Estadual Guilherme Briggs, de Niterói, no stand da Editora Abril/Veja – assinaturas, duas alunas se dirigiram ao atendente da Editora citada para pegarem a senha de acesso para autógrafo com artista e sofreram a prática de injúria e discriminação racial. Depois de ficarem na fila aguardando a vez, o funcionário além de se negar a fornecer a senha de autógrafo para as alunas, também afirmou, verbalmente, que não iria dar senhas porque não gostava de mulheres negras. Mesmo ofendida uma delas insistiu e ainda ouviu que não ia ganhar porque era favelada e de cabelo duro. A aluna citou que o que ele estava fazendo era “bulling”, “crime”. “Ele respondeu que podia ser o que for, e que não ia dar nada para ele”. Voltando com o grupo de colegas, chorando, a Diretora do Colégio ficou sabendo e, ainda no Riocentro, voltou ao stand, se dirigiu ao gerente da Editora denunciando o fato e o funcionário, e ouviu a seguinte frase: “Ele estava brincando”, “Não leve isso a sério, senão vai prejudicar a empresa”.
“Discriminação racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.” Art. 2º, inciso I do Estatuto da Igualdade Racial.
Vendo que não adiantava sua denúncia no local, a Diretora fez um Registro de Ocorrência, na 77ª Delegacia de Polícia, em Niterói, sob o nº   077-05231/2011-01 e encaminhou aos órgãos competentes do Estado (Cedine, Supir).”

Fonte: PPABerlin

0 comentários:

Postar um comentário

 
Copyright © 2009 Ofensiva Negritude All rights reserved. Powered by Blogger
Blogger Template by Anshul