sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Post d@ Leitor@: Afoxé e Candomblé - Cortejo, Festa e Tradição

Recebemos este post de Isabel Cristina, 26 anos, estudante do 4º do Curso de Educação Artística da UFPI.

Quem quiser ter seu post publicado aqui envie um e-mail para ofensivanegritude@gmail.com , com o assunto Post d@ Leitor@. 

 Afoxé e Candomblé - Cortejo, Festa e Tradição

O que é afoxé? 
De origem iorubá, a palavra afoxé poderia ser traduzida como "a fala que faz“.

Para alguns pesquisadores seria uma forma diversa do maracatu. O termo Afoxé da África denota a festa profano-religiosa efetuada pela nação no momento oportuno. A expressão afoxé teve uso restrito, apenas entre os seus participantes, já que os autores dedicados ao estudo do maracatu não a registram.
De Origem Africana ,apresenta no seu contexto elementos ligados a religiosidade dos africanos aqui no Brasil que para estes adeptos principalmente do Candomblé Jeje-Nagôs é quase que uma obrigação levar o axé (energia positiva) aos festejos que participam.

Afoxé e suas características
É também chamado de Candomblé de rua, é um cortejo de rua que sai durante o carnaval.
Boa parte de seus integrantes são vinculados a vários terreiros de candomblé

Têm consciência de grupo, de valores e hábitos que os distinguem de qualquer outro bloco. Para quem não conhece o candomblé e suas cantigas, olha como se fosse um bloco carnavalesco diferente, mas é o candomblé de rua.


 
O uso da roupa na cor dos Orixás




 
Instrumentos de percussão

Atabaques 


Agogôs






 

O ritmo da dança na rua é o mesmo dos terreiros, bem como a melodia entoada.
Os cantos são puxados em solo, por alguém de destaque no grupo, e são repetidos por todos, inclusive os instrumentistas.

Antes da saída do grupo ocorre o ritual religioso (como a cerimônia do "padê de Exu" feita antes dos ritos aos orixás numa festa de terreiro).

Obs:
O afoxé Embaixada da África foi a primeira manifestação negra a desfilar pelas ruas da Bahia, em 1885. Em seu primeiro desfile, utilizou indumentária importada da África.
No ano seguinte, surgiu o afoxé Pândegos da África
estes  representavam em  casas de culto de herança africana e saíam às ruas cantando e recitando seqüências de músicas e letras. Os afoxés exibiam-se na Baixa dos Sapateiros, Taboão, Barroquinha e Pelourinho, enquanto os grandes clubes desfilavam em áreas mais nobres.

Nove anos mais tarde, um outro afoxé rompeu este tácito compromisso e subiu a Barroquinha e a Ladeira de São Bento, gerando protestos em que se lastimou a quebra deste pacto não escrito da divisão espacial de classes e de ritmos no Carnaval. Neste momento, verificava-se na cidade uma divisão espacial muito séria.
Dissidentes do Cruz Vermelha, fundaram, em 1900, o Clube Carnavalesco "Os Inocentes em Progresso". O nome do clube foi inspirado em um bando de meninos que passavam no local cantando e tocando em latas.
Em 1949, ano do IV Centenário de fundação da cidade de Salvador, é fundado o afoxé "Filhos de Gandhi" pelos estivadores do Porto de Salvador, como forma de homenagear o grande líder pacifista indiano assassinado em 1948, o Mahatma Gandhi.


Candomblé  

Culto dos orixás,é de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo, mas também em outros países como Uruguai, Argentina, Venezuela, Colômbia, Panamá e México. Na Europa: Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.



 
A religião que tem por base a anima (alma) da Natureza, sendo portanto chamada de anímica, foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos da África para o Brasil, juntamente com seus Orixás/Inquices/Voduns, sua cultura, e seu idioma, entre 1549 e 1888.



 
Embora confinado originalmente à população de negros escravizados, proibido pela igreja católica, e criminalizado mesmo por alguns governos, o candomblé prosperou nos quatro séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. Estabeleceu-se com seguidores de várias classes sociais e dezenas de milhares de templos.

O Candomblé não deve ser confundido com Umbanda, Macumba e/ou Omoloko, outras religiões afro-brasileiras com similar origem; e com religiões afro-americanas similares em outros países do Novo Mundo, como o Vodou haitiano, a Santeria cubana, e o Obeah, em Trinidade e Tobago, os Xangós (similar ao Tchamba [3][4] africano, Xambá e ao Xangô do Nordeste do Brasil) o Ourisha, de origem yorubá, os quais foram desenvolvidas independentemente do Candomblé e são virtualmente desconhecidos no Brasil.

 
Nações
Os negros escravizados no Brasil pertenciam a diversos grupos étnicos, incluindo os yoruba, os ewe, os fon, e os bantu. Como a religião se tornou semi-independente em regiões diferentes do país, entre grupos étnicos diferentes evoluíram diversas "divisões" ou nações, que se distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (música) e a língua sagrada usada nos rituais.


 
A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das principais nações e sub-nações, de suas regiões de origem, e de suas línguas sagradas:
Ketu ou Queto (Bahia) e quase todos os estados do Brasil.
 Língua Yoruba (Iorubá ou Nagô em Português)
Ijexá principalmente na Bahia
Xambá em Alagoas e Pernambuco (quase extinto).
Candomblé de Caboclo a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje,(Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo) .


A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das principais nações e sub-nações, de suas regiões de origem, e de suas línguas sagradas:
Ketu ou Queto (Bahia) e quase todos os estados do Brasil.
 Língua Yoruba (Iorubá ou Nagô em Português)
Ijexá principalmente na Bahia

Candomblé é uma religião "monoteísta", embora alguns defendam a idéia que são cultuados vários deuses, o deus único para a Nação Ketu é Olorum, para a Nação Bantu é Nzambi e para a Nação Jeje é Mawu, são nações independentes na prática diária e em virtude do sincretismo existente no Brasil a maioria dos participantes consideram como sendo o mesmo Deus da Igreja Católica


 
Xambá em Alagoas e Pernambuco (quase extinto).
Candomblé de Caboclo a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje,(Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo) .


 

Candomblé e Afoxé-Arte,Cultura e Tradição.



  


"Tudo o que é bom e justo emana de um único Deus, que hoje pode ter muitos nomes e cultos. Mas, seus princípios foram antes cultuados por um único povo; primordial e resistente, criado à sua imagem e semelhança.
São esses fatos que nos fazem ter tanta dificuldade em entender a intolerância, o preconceito e a violência praticados em nome de Deus,contra os religiosos do Candomblé e da Umbanda ou de qualquer outra religião. A religiosidade Africana é a prática de uma doutrina baseada em valores de Paz, Justiça, Amor fraterno e Sacralização da vida".
Babalawo Ivani dos Santos







 

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