Alunos da Escola Estadual Fernandes Lima, no Sítio São
Jorge, parte alta da cidade de Maceió, AL, promoveram nesta manhã de
quarta-feira (23) um protesto contra a forma inadequada e equivocada pela qual
duas interventoras indicadas pela Secretaria de Estado da Educação vem mantendo
na condução da escola.
Os muitos meninos e meninas, fortemente abalados, reclamam
da postura discriminatória das interventoras insistindo que elas estão na
escola para educar e não para chamar a gente de negro, macaco e ainda oferece
banana- relata um aluno.
O Estado de Alagoas deve ter como principio básico a
produção de soluções políticas pedagógicas para o equacionamento dos conflitos
gerados nos territórios do ambiente escolar e para que os mesmos não sejam
contaminados por posturas racistas.
O estado de Alagoas tem o dever de propiciar um bem estar
social que vá além do pão duro com manteiga, agora servidos como merenda na
Escola Estadual Fernandes Lima.
O Estado de Alagoas precisa exercitar a aprendizagem das
diferenças, como história intrínseca ao território alagoano.
O diálogo do estado de Alagoas com a cultura negra é
estéril. Não gera resultados. A Lei n 10.639/03 é letra morta. Distanciou-se
das escolas.
É crime ser preto em Alagoas!
E, como se posiciona o Ministério Público diante da denúncia
pública na TV?
Qual a postura da Gerência de Diversidade da Secretaria de
Estado da Educação?
Na quarta-feira , 23 de março, em Maceió, nas Alagoas de
Palmares meninos e meninas da Escola Estadual Fernandes Lima deixaram de ser
multidões anônimas da longínqua periferia
foram, na TV, protagonistas de sua própria história. Ocuparam as ruas
reivindicando respeito como marca indiscutível dos paradigmas educacionais.
Apreendem o caminho da cidadania.
Alagoas de Palmares faz da intolerância educacional uma
lição para ser soletrada.
E agora Governador?
Fonte: Raízes da África
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