Estudo de Harvard mostra que até hoje pessoas tendem a seguir 'One-drop rule', lei racista que vigorou até a década de 1960
Presidente Barack Obama, filho de mãe branca e pai negro queniano
Obama é presidente do país mais poderoso do mundo, Tiger Woods é o esportista mais bem pago, Halle Berry é considerada uma das mulheres mais bonitas do planeta. Mesmo com todas essas conquistas e após décadas da queda vigência da 'One-drop rule' (Regra de uma gota, em inglês, ou Lei da Hipodescendência), pesquisadores da Universidade de Harvard descobriram que ainda hoje a lei racista persiste nos Estados Unidos.
Tiger Woods, super-campeão de golfe. Descendente de negros, chineses, indígenas e alemães
Segundo essa lei, que foi usada em muitas partes dos Estados Unidos de 1662 até a década de 1960 na maior parte dos Estados (em Louisiana ela vigorou até 1985, quando a corte determinou que uma mulher não poderia se identificar como "branca" em seu passaporte pois sua pentavó era negra), o norte-americano que tivesse qualquer grau de ancestralidade africana ("uma gota de sangue africano"), seria considerado negro.
Os psicólogos da Universidade de Harvard descobriram que até hoje as pessoas tendem a seguir essa regra, vendo indivíduos descendentes de mais de uma etnia diferente não como igualmente membros dos dois grupos, mas pertencendo mais ao grupo considerado minoritário.
A atri Hale Berry, vencedora de diversos concursos de beleza na adolescência
e de diversos prêmios como atriz (Oscar, Emmy, Globo de Ouro, entre outros) na idade adulta
Para realizar a pesquisa, os pesquisadores apresentaram para voluntários imagens geradas por computador de indivíduos negros/bracos e asiáticos/brancos, assim como árvores genealógicas mostrando diferentes permutações étnicas. Eles também pediram para as dizerem diretamente se percebiam essas imagens mais como minorias étnicas ou como brancos.
"Muitos comentaristas argumentaram que a eleição de Barack Obama e a crescente mistura étnica levarão a uma fundamental mudança nas relações raciais nos Estados Unidos", disse o autor do estudo, Arnold K. Ho. "Nosso trabalho desafia essa interpretação, que vê as mudanças levando a uma América que não vê cor ou raça."
Alicia Keys, cantora e pianista. Filha de pai jamaicano e mãe de origem ítalo-irlandesa-escocesa
É interessante que os EUA os negros se veem e são vistos como negros, mesmo quando possuem mais origens étnicas. Já no Brasil, mesmo os mais retintos querem se "amorenar".
1 comentários:
Maneiro.
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