Em 1960 esses eram os números que assolavam a Rodésia (nome do Zimbabwe no tempo colonial):
Sobre esse quadro, o segundo chimurenga tem início. Liderado pela União Nacional Africana do Zimbabwe (ZANU) e pela União dos Povos Africanos do Zimbabwe (ZAPU), que prometiam realizar uma drástica reforma agrária quando tomassem o poder. A invasão dos europeus estava viva na lembrança de muitos idosos, que viram o primeiro chimurenga.
Os movimentos conquistaram grande adesão de camponeses e a guerra foi travada sobretudo em zonas rurais. Os africanos enfrentaram um moderno exército do regime branco; era uma luta na terra e pela terra.
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A Independência
As negociações se iniciam, após, aproximadamente, 20 anos de intensa luta. As desigualdades são enormes, 6 mil fazendeiros brancos possuíam 42% das terras do país.
Esperava-se que o Reino Unido faria o mesmo que fez com sua outra colônia, o Quênia. Onde disponibilizou 500 milhões de libras para a compra das terras de fazendeiros brancos. No entanto, esse discurso foi usado como “isca” para conseguir um acordo entre os movimentos de libertação e as autoridades da antiga Rodésia. O que aconteceu foi uma implementação de um programa de “compra e venda voluntária” da terra (Acordo de Lancaster), o governo britânico assumiria metade das despesas, porém quem quisesse continuaria com suas atividades normalmente. Portanto, não haveria, realmente, reforma agrária. Sob pressão os movimentos aceitaram as restrições, que permaneceriam por dez anos.
O novo governo ficou paralisado em relação à transformação fundiária, e se inviabilizou qualquer redistribuição significativa de terras. Resultado 90% dos alimentos consumidos no país ainda eram supridos por fazendeiros brancos. Ou seja, as posições econômicas e políticas foram mantidas
Robert Mugabe, atual presidente, foi um dos líderes da independência
continua...
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