BRASÍLIA - O Ministério Público de Mato Grosso ofereceu denúncia envolvendo três homens acusados da morte do estudante africano Toni Reis, que foi espancado no dia 22 de setembro em um restaurante de Cuiabá. A promotora Fânia Amorim acusa o empresário Sérgio Marcelo Silva da Costa e os policiais militares Higor Marcell Montenegro e Wesley Pereira de lesão corporal seguida de morte, crime punido com pena de quatro a 12 anos de prisão.
O estudante da Guiné-Bissau chegou ao Brasil em 2006 para estudar economia na Universidade Federal de Mato Grosso por meio de um programa de intercâmbio do governo federal. Depois de uma série de problemas pessoais, que resultou na sua reprovação, ele foi desligado do curso este ano.
De acordo com a Polícia Civil, Reis foi morto em uma pizzaria da capital depois de ter se aproximado do empresário e de sua namorada e, em seguida, ocorreu uma confusão. Os policiais estavam de folga e, segundo a polícia, teriam ajudaram a imobilizar e a agredir o rapaz.
A denúncia do Ministério Público é mais branda que a conclusão do inquérito policial, que havia indiciado os suspeitos por homicídio qualificado (motivo fútil), com pena de 12 a 30 anos. A promotora entendeu que deveriam ser indiciados pelo crime de lesão corporal porque "as circunstâncias evidenciam que os agentes não quiseram o resultado, nem assumiram o risco de produzi-lo", segundo explica a legislação penal.
Fonte: O Globo
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