terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Preso sem provas em SP passa festas de fim de ano longe da família

Uma prisão em flagrante irregular impediu o agente de saúde Michel Silveira, de 26 anos, de passar as festas de fim de ano com a família em São Paulo. Ele está preso há mais de dois meses sem provas. O crime do qual ele é acusado aconteceu no dia 19 de outubro.
O motorista de um carro que fazia entregas de eletrônicos disse à polícia que foi abordado em uma rua do bairro de Perus. Ele contou que, 15 minutos depois do roubo, o carro foi devolvido pelo ladrão com parte da carga.
Três dias depois do assalto, a vítima viu Michel passando de carro pelo bairro e o reconheceu como um dos autores do crime. O rapaz anotou a placa e o modelo do veículo e avisou a polícia. No dia 28 de outubro, Michel foi abordado. Ele está preso desde então.
As imagens das câmeras de segurança da UBS mostram que, no dia do roubo, Michel foi trabalhar. Ele assinou a ficha de frequência, depois seguiu para um curso fora da unidade e também assinou a lista de presença. O agente estava acompanhado por algumas colegas de trabalho que dizem que o rapaz não deixou o local.
“Nós somos prova, nós estávamos presente neste evento com ele do lado, não tinha como ele estar presente nesse assalto”, diz a colega de trabalho Rogéria Vasconcelos.
No boletim de ocorrência, consta que Michel foi preso em flagrante, mesmo nove dias após o crime. O boletim, registrado no 33º Distrito Policial, é assinado pelo delegado Marcos Antônio Santanieli. Ele não quis gravar entrevista. Em nota, a Secretaria da Segurança negou a informação e disse que Michel não foi preso em flagrante.
“O caso inteiro está girando em torno de suposições e um suposto reconhecimento”, afirmou o advogado Sidney José Santos de Souza. Até agora, a Justiça negou dois pedidos de liberdade a Michel.
A Secretaria da Segurança Pública informou que a ação da Polícia Civil neste caso foi aprovada pela Justiça, que aceitou o pedido de prisão de Michel. A secretaria disse ainda que, na fase do inquérito policial, o agente de saúde não apresentou provas de que estava trabalhando no momento do crime. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça disse que não pode comentar o caso porque o tribunal está em recesso.
Fonte: G1.com.br

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